A curva de felicidade varia entre gerações, afetada pela precariedade vivida pelos jovens e termos como ciência, período da meia-idade, crise da idade adulta e da felicidade dos adolescentes.
A felicidade é um sentimento que transcende os limites da alma, envolvendo não apenas a satisfação, mas também um profundo estado de bem-estar. Segundo a definição da RAE, ela é um estado de agradável satisfação espiritual e física, o que é compartilhado por muitos como um desejo fundamental.
Não é simples alcançar o estado de felicidade, pois é um processo complexo e multifacetado. Felicidade não é apenas uma emoção passageira, mas sim um estado de ser que pode ser alcançado com a prática de atividades que trazem satisfação e emoção positiva, como a conexão com a natureza, a arte, a música ou simplesmente o tempo compartilhado com entes queridos. Felicidade pode ser alcançada em diferentes estados da vida e pode ser encontrada em momentos inesperados, felicidade não é um destino, mas um estado de ser.
Desvendando a Máquina da Felicidade
Embora a felicidade seja considerada um estado passageiro e não algo que pode ser encontrado todos os dias de nossas vidas, é um termo que buscamos incessantemente. No entanto, é possível que haja um período específico da vida em que as pessoas se sentem menos felizes. A ciência indica que sim, e é possível que exista um padrão que se repete em relação à felicidade ao longo da vida.
A Pequena Grande Crise da Felicidade
Os economistas e professores David Blanchflower e Andrew Oswald analisaram a relação entre a curva da felicidade e a idade, e chegaram à conclusão de que, quando as pessoas atingem a maturidade, entre 40 e 50 anos, demonstram mais medos e preocupações, o que é conhecido como a crise da meia-idade. Isso é verdade para as pessoas em países desenvolvidos, que se sentem mais infelizes aos 47,2 anos, e para aqueles em países em desenvolvimento, que se sentem mais infelizes aos 42,8 anos.
A Legião da Infelicidade dos Adolescentes
A pesquisa da Universidade de Michigan, que analisou um milhão de adolescentes, indicou que os jovens estão mais infelizes com cada geração. Além disso, a felicidade dos adolescentes caiu a partir de 2012. Este é um problema que não é restrito apenas ao estudo, pois o World Happiness Report 2024 também mostrou que, embora a felicidade seja culturalmente associada à juventude, a realidade é diferente.
A Curva da Felicidade: Um Padrão que se Repete
A curva da felicidade, conforme descrita por Jonathan Rauch no livro ‘The Happiness Curve: Why Life Gets Better After Midlife’, explica que, à medida que envelhecemos, nossos cérebros se tornam mais resistentes ao estresse, nos arrependemos menos, somos mais positivos, menos voláteis emocionalmente, aproveitamos mais o momento, nos conectamos melhor com as pessoas e até temos alguma proteção contra os danos emocionais causados pela perda da saúde. Isso é verdade independentemente do sexo e do estado civil, de ter ou não filhos, ou da situação econômica em que se vive.
A Era da Felicidade Adultera
Quando temos mais de 50 anos, nosso cérebro valoriza mais o lado positivo e isso nos torna mais felizes. Isso é verdade para as pessoas em qualquer parte do mundo, independentemente de sua situação econômica ou de outros fatores que possam influenciar sua felicidade. A felicidade é um estado que pode ser alcançado com o tempo e a experiência, e é possível que exista um padrão que se repete em relação à felicidade ao longo da vida.
A Declínio da Felicidade dos Adolescentes
A tendência geral positiva na satisfação com a vida entre os jovens de 15 a 24 anos terminou com a pandemia do coronavírus, segundo o estudo. Os jovens estão cada vez menos felizes, especialmente nos Estados Unidos, de acordo com os dados do relatório. Na faixa etária de 15 a 24 anos nos Estados Unidos, Japão e Canadá, os jovens estão cada vez menos felizes, e isso é um problema que precisa ser abordado.
Fonte: @ Minha Vida