ONG pede libertação imediata de detidos pós-eleições na Venezuela, em defesa dos direitos humanos.
O representante de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Türk, reiterou, nesta terça-feira (13), a preocupação com a situação na Venezuela, destacando o ‘alto e contínuo número de detenções arbitrárias, bem como o uso desproporcional da força’ após as eleições presidenciais.
A Venezuela, país sul-americano, tem sido alvo de críticas de diversos movimentos internacionais de direitos humanos devido às violações relatadas. A ONU continua acompanhando de perto a situação no país, buscando soluções para garantir o respeito aos direitos fundamentais dos cidadãos venezuelanos.
Venezuela: Pedido de Ajuda para Libertação de Detidos Arbitrariamente
Ele fez um apelo por ajuda para a libertação imediata de todos os detidos arbitrariamente e por garantias de um julgamento justo para todos. Após a eleição presidencial no país sul-americano, Türk já havia expressado preocupação com as prisões em massa. De acordo com a organização não governamental (ONG) venezuelana Foro Penal, houve 1,3 mil prisões relacionadas aos protestos pós-eleitorais. As autoridades venezuelanas, no entanto, alegam que o número é ainda maior, chegando a 2,2 mil detenções nesse período.
Preocupações da ONU com os Direitos Humanos na Venezuela
Um comunicado da ONU destaca que, na maioria dos casos documentados pelo Escritório de Direitos Humanos da organização, os detidos não tiveram permissão para escolher seus advogados ou se comunicar com suas famílias. Alguns desses casos se assemelham a desaparecimentos forçados. Enquanto isso, o governo venezuelano alega estar combatendo grupos criminosos pagos para instigar o caos e promover um golpe de Estado.
Relatos de Violência e Repressão na Venezuela
O Ministério Público venezuelano divulgou informes detalhando ações das forças policiais, destacando casos de 25 assassinatos de policiais ou líderes chavistas desde o dia 28 de julho, além de 192 feridos em confrontos com esses supostos grupos criminosos. Mais de metade dos feridos, 97 no total, são membros das forças de segurança do Estado.
Protestos e Denúncias de Fraude na Venezuela
Desde a eleição em que Nicolás Maduro foi declarado vencedor sem a divulgação detalhada dos resultados por urna, protestos eclodiram em várias regiões do país. Movimentos sociais e organizações venezuelanas também se manifestaram contra as prisões e a repressão policial. A Frente Democrática Popular, que inclui o Partido Comunista da Venezuela, condenou a repressão e pediu ao governo que pare de reprimir o povo.
Resposta do Governo e Relatos de Prisões Arbitrárias
O Coletivo de Direitos Humanos Surgentes aponta que a maioria dos protestos foi pacífica e critica a criminalização do protesto pelo governo. O Comitê de Familiares e Amigos pela Liberdade dos Trabalhadores Presos denuncia detenções sem comunicação com familiares por vários dias e prisões realizadas em domicílios sem ordem judicial. A situação na Venezuela continua a gerar preocupações em nível nacional e internacional.
Fonte: @ Agencia Brasil