Orangotango Rakus pressiona planta medicinal Akar Kuning, extraindo líquido e aplicando over ferida recente. Processo durou minutos, relato de alívio imediato da dor e efetos analgésicos. Individual discovery. (149 caracteres)
Cientistas que estão na Indonésia presenciaram um Orangotango cuidando com intenção de uma ferida em seu rosto com uma planta medicinal, sendo a primeira vez que esse comportamento é registrado. Rakus, um orangotango macho de Sumatra, cuidou de uma ferida em seu rosto ao mastigar folhas de uma planta trepadeira chamada Akar Kuning e aplicar repetidamente o suco nelas, de acordo com um artigo divulgado na revista Scientific Reports na quinta-feira (2). Rakus então cobriu a ferida com as folhas mastigadas, que são usadas na medicina tradicional para tratar condições como disenteria, diabetes e malária, afirmaram os pesquisadores.
Além disso, o estudo destaca a incrível capacidade de adaptação do orang-utan. Diante dessas descobertas fascinantes sobre o comportamento do macaco-peregrino, é possível perceber a complexidade e a inteligência desses primatas em utilizar recursos naturais para cuidar de si mesmos e tratar suas feridas de forma tão engenhosa e impressionante.
Descoberta surpreendente sobre o akar kuning
Um relato fascinante de um orangotango usando uma planta medicinal para tratar uma ferida recente está intrigando os pesquisadores. A autora principal do estudo, Isabelle Laumer, compartilhou que a observação ocorreu em junho de 2022, na região de pesquisa de Suaq Balimbing, no Parque Nacional Gunung Leuser, na Indonésia.
Embora outras espécies de macacos-peregrino sejam conhecidas por recorrer a plantas medicinais, o uso dessas folhas mastigadas para tratar feridas recentes é um comportamento inédito. As imagens das folhas de Fibraurea tinctoria mostram o comprimento variando entre 15 e 17 centímetros.
O relato inspirador de gerenciamento ativo
Rakus, o orangotango em questão, demonstrou um processo inovador ao aplicar repetidamente as folhas no ferimento, em um procedimento que durou vários minutos. Este relato de gerenciamento ativo de feridas com uma planta ativa representa um marco na compreensão do comportamento animal.
Acredita-se que Rakus tenha aprendido a usar o Akar Kuning para aliviar a dor de sua ferida devido aos efeitos analgésicos da planta. A pesquisadora Isabelle Laumer levanta a hipótese de uma inovação individual acidental ou de aprendizado social entre os orangotangos como possíveis origens desse comportamento.
Novas perspectivas sobre a automedicação animal
A observação de Rakus oferece insights valiosos sobre a automedicação em primatas e lança luz sobre as origens evolutivas da medicação de feridas. A possibilidade de um ancestral comum compartilhado entre humanos e orangotangos na prática de tratamento de feridas levanta questões instigantes sobre nossas semelhanças.
Os pesquisadores planejam continuar monitorando orangotangos feridos na área para entender se esse comportamento é recorrente. A descoberta ressalta a importância da conservação dessas espécies e nos lembra de que, de certa forma, somos mais parecidos do que diferentes.
Fonte: © CNN Brasil