Em 2022, pastor faz comentários preconceituosos sobre religiosos de matriz africana em eventos em Itaboraí, gerando casos de intolerância religiosa.
Recentemente, o pastor Felippe Valadão foi alvo de um processo na terça-feira, 16, pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de intolerância religiosa (Decradi) por seus comentários preconceituosos em relação às religiões de matriz africana em um evento realizado em Itaboraí, Rio de Janeiro.
A intolerância religiosa e a discriminação contra crenças diversas são questões urgentes que precisam ser combatidas em nossa sociedade. É essencial promover o respeito e a aceitação da diversidade religiosa para construirmos um mundo mais inclusivo e harmonioso para todos os indivíduos, independentemente de suas convicções. A luta contra a intolerância religiosa requer educação, diálogo e a defesa dos direitos humanos fundamentais.
Evento em Itaboraí: Pastor Felippe Valadão é Indiciado por Intolerância Religiosa
Em um evento na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro, o pastor Felippe Valadão, da Igreja Lagoinha, causou polêmica ao fazer comentários preconceituosos sobre religiões de matriz africana. Suas palavras geraram repercussão nas redes sociais e levaram a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) a indiciá-lo por crimes de intolerância religiosa.
Durante sua fala, Valadão afirmou: ‘De ontem para hoje tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí: o tempo da bagunça espiritual acabou, meu filho. A igreja está na rua! A igreja está de pé.’ Além disso, fez a declaração polêmica: ‘Se prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade.’
As declarações do religioso desencadearam uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que concluiu o inquérito e encaminhou o caso ao Ministério Público. Valadão teve a oportunidade de prestar seu depoimento, onde alegou que suas palavras visavam defender sua própria fé e estimular a conversão à fé cristã, negando qualquer incitação à violência.
Crimes de intolerância religiosa têm sido recorrentes no Brasil, e a lei tem sido cada vez mais rigorosa nesse sentido. Desde o governo Lula, a pena para quem pratica intolerância religiosa foi aumentada, sendo equiparada aos crimes de racismo e injúria racial. A Lei 14.532 prevê uma pena de 2 a 5 anos e multa para aqueles que obstruem, impedem ou empregam violência contra manifestações ou práticas religiosas.
Na cidade de Itaboraí, onde ocorreram os eventos polêmicos envolvendo Felippe Valadão, a discriminação religiosa tem sido um tema sensível. A diversidade de crenças e práticas religiosas deve ser respeitada, e atitudes como as do pastor podem alimentar um ambiente de intolerância e hostilidade. É fundamental promover o diálogo inter-religioso e combater a intolerância em todas as suas formas.
Fonte: @ Nos