Decradi enviou caso à Polícia Civil RJ sobre Crimes Raciais. 189 anos Itaboraí RJ. Farofa fazer quiser.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro agiu com firmeza ao indiciar por intolerância religiosa o pastor Felippe Valadão, conhecido líder da igreja Lagoinha Niterói. Esse tipo de atitude é crucial para combater a intolerância religiosa e garantir a liberdade de crença de todos os cidadãos.
É fundamental que casos de intolerância religiosa sejam investigados e punidos rigorosamente, contribuindo para a diminuição da discriminação religiosa e do preconceito religioso em nossa sociedade. A conscientização sobre a importância do respeito à diversidade de crenças e a promoção do diálogo inter-religioso são passos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
Polícia Civil Rio investiga Felippe Valadão por Intolerância Religiosa
Procurado para comentar o indiciamento, Valadão limitou-se a responder por mensagem que não faria comentários sobre o assunto em questão. O inquérito teve início após declarações feitas por Valadão durante um evento realizado em maio de 2022, na cidade de Itaboraí, localizada a aproximadamente 58 km da capital carioca.
Durante as festividades em comemoração ao 189º aniversário da cidade, Valadão subiu ao palco e proferiu palavras que geraram controvérsia, sugerindo que a população local deveria se preparar para a eventualidade de verem ‘muitos centros de umbanda sendo fechados na cidade’. As declarações foram seguidas por afirmações que causaram impacto, como a permissão para realizar atos como sacrifícios de galinhas e preparações de farofa, enfatizando que chegaria um momento em que ‘Deus começaria a salvar os pais de santo presentes na cidade’.
Após nove meses desse discurso, Felippe Valadão e sua esposa, Mariana Valadão, inauguraram a igreja Lagoinha Itaboraí. Mariana, filha do renomado pastor Márcio Valadão, que por anos foi líder da icônica igreja batista Lagoinha, com sede em Minas Gerais, agora lidera a filial Lagoinha Niterói ao lado de Felippe, com dezenas de igrejas distribuídas pelo estado e uma presença digital maciça com milhões de seguidores.
A intolerância religiosa promovida pelas palavras de Valadão não passou despercebida. Em 2022, o Ministério Público do Rio de Janeiro moveu uma ação civil pública solicitando a condenação do pastor ao pagamento de uma indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos. O promotor Tiago Gonçalves Veras Gomes, responsável pela ação, ressaltou a diferença entre a liberdade de expressão e a agressão aos direitos fundamentais, incluindo a liberdade religiosa.
Diante da repercussão do caso, Valadão veiculou um comunicado em suas redes sociais. Em defesa, os advogados do pastor afirmaram que não havia dúvidas de que seu discurso foi mal interpretado ou até mesmo distorcido de forma deliberada. A Polícia Civil do Rio segue investigando o caso, no contexto dos Crimes Raciais de Intolerância, atentando para a gravidade da discriminação religiosa e do preconceito religioso presentes nas declarações de Valadão.
Fonte: © Notícias ao Minuto