Publicação no Diário Oficial do estado estabelece comitê técnico intersetorial para controle, prevenção e tratamento da transmissão local e vertical.
O governo de São Paulo criou um grupo de trabalho multidisciplinar para combater a febre do Oropouche. A meta é organizar, monitorar e analisar medidas de combate, prevenção e cuidado da enfermidade no estado. A decisão foi divulgada na última sexta-feira (23) no Diário Oficial do Estado de São Paulo.
A febre do Oropouche é uma doença viral transmitida por mosquitos, com sintomas semelhantes aos da dengue. A Secretaria de Saúde de São Paulo está intensificando as ações de vigilância e controle para conter a propagação do Oropouche. A população deve ficar atenta aos sinais da doença e buscar atendimento médico se necessário.
Oropouche: Intensificação da Vigilância e Transmissão Vertical
De acordo com o conteúdo, a decisão foi tomada com base na recomendação do Ministério da Saúde para intensificar a vigilância dos casos de transmissão vertical da doença Oropouche, que ocorre quando o vírus é passado da mãe para o bebê durante a gestação ou no momento do parto. Além disso, foi mencionado na publicação a confirmação de casos de transmissão local da febre do Oropouche em Pernambuco, com registros já confirmados de transmissão vertical e de óbito fetal relacionados à infecção no estado.
O documento ressalta a importância de adotar medidas eficazes para o controle, prevenção e tratamento da doença, bem como para minimizar os impactos na saúde da população. Destaca-se também a relevância da articulação entre os diversos setores da sociedade para enfrentar e responder a situações de emergência em saúde pública.
Comitê Técnico Intersetorial e Suas Competências
No rol de atribuições do comitê estão: a elaboração e acompanhamento do Plano Estadual de Enfrentamento ao Oropouche; a definição de diretrizes para intensificar a mobilização de combate ao vírus, com divulgação de informações sobre a situação epidemiológica, ações e resultados alcançados; a determinação de diretrizes para a adequada assistência à saúde; o apoio a ações de mobilização para enfrentar o vírus, realizadas por outros órgãos estaduais e municipais, bem como pela sociedade civil, visando à integralidade das ações de combate ao vetor em todas as esferas governamentais, estabelecendo objetivos e prioridades comuns.
Ademais, o comitê visa promover a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para o diagnóstico, tratamento e prevenção da doença e seus impactos, especialmente entre as gestantes. Também é responsável por orientar a formação de grupos de trabalho temáticos, cada um com responsabilidades específicas e complementares, para garantir a adequada operacionalização dos planos elaborados.
A portaria destaca que o comitê se reunirá ordinariamente a cada 15 dias enquanto persistir a situação de relevância epidemiológica no estado e, extraordinariamente, quando convocado pelo seu coordenador ou a pedido de, no mínimo, 50% de seus membros.
Fonte: @ Agencia Brasil