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Novas regras do open finance diminuirão etapas para pagamentos on-line, facilitando a experiência de compras dos clientes.
O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional optaram por estabelecer diretrizes inovadoras do open finance para facilitar a experiência de iniciação de transações com pix, possibilitando até mesmo a efetivação de pagamentos por proximidade. Dessa forma, não será mais preciso utilizar o app de sua entidade financeira para efetuar a transação ou a transferência dos montantes.
No segundo parágrafo, o foco recai sobre a importância do compartilhamento de informações no ecossistema financeiro, visando a construção de um sistema financeiro mais integrado e eficiente. A colaboração entre as instituições no compartilhamento de dados é fundamental para a evolução do sistema financeiro como um todo, promovendo maior transparência e agilidade nas operações financeiras.
Open Finance e o Futuro do Sistema Financeiro
Conforme as palavras de Janaina Attie, líder da divisão de Regulação do BC, os usuários terão a possibilidade de realizar um cadastro de sua conta preferencial na plataforma que utilizam habitualmente e, a partir desse ponto, estarão aptos a empregar o pix para efetuar pagamentos. Em resumo, as inovações propostas visam simplificar as etapas necessárias para concluir transações online via pix. Attie também ressalta que as mudanças trarão aprimoramentos nas experiências de compras no comércio eletrônico. ‘O cliente não precisará sair do ambiente virtual do e-commerce para acessar a plataforma de seu banco e finalizar a compra. Por meio de um pré-cadastro, será possível autorizar a vinculação de sua conta à página de e-commerce. Essa conveniência é um dos benefícios que trazemos com essa nova funcionalidade’, afirmou.
Até o mês de novembro, as instituições devem estar preparadas, do ponto de vista operacional, para que a disponibilização dessa funcionalidade aos clientes ocorra em fevereiro de 2025. Além disso, as novas diretrizes possibilitarão a integração do pix às carteiras digitais, conhecidas como wallets. Segundo o comunicado do Banco Central, o escopo de instituições obrigadas a participar do ecossistema do open finance foi expandido. Atualmente, a obrigatoriedade se aplica às instituições classificadas como S1 e S2, ou seja, os grandes grupos financeiros. Agora, o open finance passará a englobar instituições financeiras com mais de cinco milhões de clientes e que possuem relevância em áreas como investimentos e câmbio.
‘A base de potenciais beneficiários do open finance alcançará 95% dos usuários do Sistema Financeiro Nacional. Atualmente, conseguimos atingir 75% da base de clientes dos participantes obrigatórios’, detalha Attie. O open finance representa um ecossistema fundamentado no compartilhamento de informações entre diversas instituições, mediante a autorização do cliente. Mesmo que o indivíduo não seja cliente da instituição em questão, ele pode consentir que determinadas informações sejam acessadas, possibilitando a oferta de produtos e serviços financeiros mais vantajosos.
O open finance, que visa fortalecer o empoderamento do cliente, fomentar a concorrência, impulsionar a eficiência e promover a inclusão financeira, já permite que os consumidores brasileiros desfrutem de uma variedade de benefícios provenientes das soluções desenvolvidas pelas instituições participantes. Isso inclui agregadores e gestores financeiros, oferta de crédito com taxas mais atrativas, facilitação da portabilidade de crédito e salário, redução de despesas com cheque especial, e disponibilização de oportunidades de investimento mais vantajosas. O Banco Central destaca a importância do open finance como um mecanismo que impulsiona a evolução do setor financeiro, promovendo a transparência, a inovação e a acessibilidade a serviços financeiros de qualidade.
Fonte: @ Valor Invest Globo