A Polícia Federal investiga explosões como ato terrorista e apura apoio recebido, incluindo artefatos explosivos e incêndio em casa. Corpo de bombeiros respondeu ao local. Comportamento do chaveiro é irreconhecível, perto da sede do Supremo, que militar do local afirmou ser de natureza militar.
O atentado provocou um incêndio na residência de Francisco Wanderley Luiz, o homem que morreu ao detonar explosivos na Praça dos Três Poderes no dia 13. A Polícia Federal foi acionada para investigar o incêndio ocorrido na residência de Francisco Wanderley Luiz, que morava em Rio do Sul (SC) e faleceu a 13 de janeiro em Brasília.
De acordo com a Polícia Federal, a equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina foi acionada para atender a ocorrência às 6h57, domingo (17). O atentado detonou artefatos explosivos em outro local e a Polícia Federal vai investigar o incêndio na casa de Francisco Wanderley Luiz.
Incêndio e explosões em Brasília
O local onde ocorreram as explosões foi isolado por um período determinado, a fim de que os especialistas em perícia realizassem uma análise minuciosa das causas do incêndio. No entanto, o resultado da perícia ainda não foi divulgado, com previsão de divulgação dentro do prazo máximo de 30 dias. Segundo relatórios, uma mulher foi resgatada da residência pela população e apresentava extensas queimaduras sobre o corpo, com graus de primeiro, segundo e terceiro grau em 100% do corpo, o que leva a crer que o incêndio tenha sido uma tentativa de atentado contra um membro da sociedade. A equipes de bombeiros imediatamente atenderam à mulher e a conduziram ao pronto socorro, onde recebeu o atendimento médico adequado.
O local de origem das explosões foi identificado como uma residência de 50 metros quadrados, tendo sido destruído parcialmente pelo incêndio. A equipe de bombeiros realizou o controle das chamas e fez um rescaldo para eliminar todos os focos remanescentes. No entanto, o principal suspeito das explosões, o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, também conhecido como Tiu França, tentou entrar na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos, mas foi abordado pelos seguranças do local. Vídeos das câmeras de segurança mostram o homem arremessando artefatos explosivos em direção à escultura A Justiça e, posteriormente, acendendo um explosivo no próprio corpo.
A Polícia Federal (PF) está investigando as explosões como atentado terrorista, procurando determinar se o chaveiro agiu sozinho ou recebeu apoio de terceiros. Além disso, foram encontrados artefatos explosivos na casa onde Francisco estava hospedado, há quatro meses, em Ceilândia, região administrativa a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília, e em um carro no estacionamento próximo de um prédio anexo da Câmara dos Deputados.
O comportamento da vítima e de Francisco, também conhecido como Tiu França, tem sido objeto de análise da PF, que busca entender as motivações por trás do atentado. Nesse contexto, é importante destacar a atuação do presidente do STF, Alexandre de Moraes, que descreveu as explosões como um reflexo da polarização política instalada no país nos últimos anos e o ‘gabinete do ódio’ montado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, também enfatizou a necessidade de responsabilizar quem atenta contra a democracia.
Fonte: © Notícias ao Minuto