A ação aumenta a crise na Segurança Pública de São Paulo, envolvendo força-integrada de policiais, rede-criminosa do Primeiro Comando da Capital e divisão-de-tarefas entre PMs e policiais civis.
As autoridades brasileiras realizaram uma operação de combate ao crime organizado, conhecida como Latus Actio II, com o objetivo de combater a corrupção e a lavagem de propina. A operação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Polícia Federal.
Entre os alvos da operação, encontram-se um delegado de polícia e um investigador da Polícia Civil, que tiveram suas casas revistadas. Além disso, artistas e influenciadores digitais também foram alvos da operação, que incluiu a prevenção de rifas ilegais. A investigação também apontou para um esquema de corrupção que envolvia a passagem de propina. A lavagem de dinheiro é uma das estratégias mais comuns utilizadas por esses esquemas, e a operação visa combater essa prática. A polícia também está procurando identificar os responsáveis por esses crimes e trazer à justiça os envolvidos.
Operação Latus Actio II: Aprofundando a rede criminosa
A crise na Segurança Pública de São Paulo ganha mais um capítulo com a Operação Latus Actio II, que destaca a extensão da corrupção no sistema de justiça. A ação da Força-Integrada revela a complexidade da rede criminosa envolvendo artistas, empresários e policiais civis, que utilizaram o uso de empresas para lavar dinheiro e ocultar patrimônio.
Os MCs, que promoviam rifas ilegais em suas redes sociais, pagavam propinas de R$ 20 mil a R$ 100 mil a policiais civis para evitar investigações e proteger seus interesses. Essa prática é ilegal e contraria as leis de jogo, que apenas permitem a realização de sorteios em entidades beneficentes.
A divisão de tarefas dentro da rede criminosa foi fundamental para o sucesso do esquema. Os policiais civis, como o investigador Rato, se tornaram peças-chave na proteção dos criminosos, enviando relatórios de investigação confidenciais para pressionar os MCs a pagar propinas. O objetivo era garantir o silêncio dos policiais e manter a ilegalidade em segredo.
A Operação Latus Actio II apura a ligação de artistas e empresários da Love Funk com a lavagem de dinheiro do PCC, sonegação de impostos, loterias ilegais e ocultação de patrimônio via compra de carros de luxo, fazendas, adegas e barras de ouro. O valor de um carro de luxo em São Paulo pode variar de R$ 50 mil a R$ 200 mil, dependendo do modelo.
A Promotoria destaca a estrutura organizada da rede criminosa, com divisão de tarefas, uso de empresas para movimentação de recursos e articulação entre empresários, artistas e agentes públicos. A prática de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar é evidente.
Quatro promotores subscrevem manifestação do Ministério Público apoiando os pedidos da PF na Operação Latus Actio II. Eles são integrantes do Gaeco, o Grupo de Combate ao Crime Organizado. O documento aponta indícios de envolvimento de outro policial, Adriano Fernandes Bezerra, o Espanhol, parceiro de Rato no 6.º DP de Santo André.
Mensagens de WhatsApp mencionam os dois policiais como articuladores da corrupção passiva para proteger os envolvidos nos crimes de contravenção penal e lavagem de dinheiro. O delegado Alexandre Custódio Neto, diretor da FICCO, obteve o afastamento da função pública de Rato e dos outros dois policiais investigados: Espanhol e o delegado Gilmar Camargo Bessa.
A operação Latus Actio II revela a complexidade e a extensão da rede criminosa, envolvendo não apenas policiais civis, mas também artistas e empresários. A ação da força-integrada é fundamental para combater a corrupção e proteger a sociedade. O impacto da operação pode ser sentido em todo o estado de São Paulo, onde a segurança pública está em crise.
Fonte: © Notícias ao Minuto