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Reserva de papeis da Sabesp 30x acima do esperado, atingindo R$ 200 bi devido à diferença de preço. Motivo: desestatização e privatização do processo.
Se a privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) gerou debates intensos entre especialistas e investidores, novas questões estão em pauta agora. A discussão sobre a privatização da empresa tem impacto direto na qualidade dos serviços oferecidos à população.
Além disso, a venda de ações da Sabesp pode representar um grande passo rumo à desestatização do setor de saneamento no Brasil. O desinvestimento do governo na empresa pode abrir espaço para a entrada de novos investidores e promover melhorias significativas na infraestrutura de saneamento básico no estado de São Paulo.
Privatização da Sabesp: Processo de Venda de Ações em Destaque
A privatização da Sabesp, com a desestatização de 17,3% de suas ações pelo governo de São Paulo, está em um momento crucial. A intenção de compra dos investidores será definida em breve, em meio a uma grande expectativa. O processo de reserva de compra, finalizado recentemente, alcançou um valor surpreendente de R$ 200 bilhões, superando em 30 vezes a oferta inicialmente esperada pelo governo paulista.
Neste cenário, a operação de privatização da Sabesp, que visa arrecadar R$ 14,7 bilhões, destaca-se como a maior do mercado de capitais no Brasil em 2024. Especialistas do setor de saneamento e do mercado financeiro concordam que o governo paulista acertou no modelo de desestatização adotado para a empresa.
O modelo de privatização da Sabesp estabelece regras rígidas para as empresas interessadas, como limitar a participação acionária na Sabesp a 15% e restringir sua participação em outros leilões do setor de saneamento. Essas medidas visam preservar a empresa e garantir que a vencedora do certame foque na governança e nos investimentos necessários para atingir as metas estabelecidas.
Do ponto de vista financeiro, a opção de realizar uma oferta subsequente de ações mostrou-se mais atrativa do que a privatização total, como no caso da Eletrobras. O governo paulista transferirá 15% do controle acionário para a Equatorial, mantendo ainda 18% das ações, o que promete manter a governança privada da Sabesp e valorizar suas ações.
No entanto, surgiram críticas em relação ao preço das ações oferecidas no lote, fixado em R$ 67, abaixo da média de mercado. A oposição ao governo levantou questionamentos sobre a valorização da estatal paulista e o modelo de precificação adotado no processo de privatização.
Com a demanda expressiva de R$ 200 bilhões pelos papeis da Sabesp, proveniente de diversos investidores, incluindo fundos e investidores individuais, a expectativa é de um desempenho positivo no mercado de ações da empresa. A privatização da Sabesp, considerada um marco na história do saneamento no Brasil, promete trazer benefícios tanto para a empresa quanto para o governo estadual.
Fonte: @ NEO FEED