Advogadas pioneiras enfrentam estigmas e barreiras nos espaços jurídicos, marcando histórias e lutando contra o racismo e micro violências.
A importância da Justiça está presente em todos os aspectos de nossa sociedade, garantindo que todas as pessoas sejam tratadas de forma equitativa e que seus direitos sejam respeitados. Sem a presença da Justiça, a ordem social estaria comprometida e a confiança no sistema seria abalada.
É papel dos tribunais assegurar a legalidade das ações e decisões, garantindo que a advocacia seja praticada de acordo com os princípios estabelecidos. A atuação dos advogados é fundamental para a defesa dos direitos dos cidadãos e para garantir que a Justiça seja feita em cada caso analisado.
Ascensão e Protagonismo na Justiça
No mesmo glossário, é possível encontrar o significado de ‘única’, como aquela ‘que não existe outro de sua espécie ou gênero; exclusivo, singular’, que ‘é especial ou fora do comum’. Esses são dois adjetivos que marcam histórias de diversos negros e negras em ascensão pelo país. O conceito de singularidade destaca-se nas trajetórias de figuras como Sheila de Carvalho e Marcelise Azevedo.
A Primeira Mulher Negra na Justiça
Sheila de Carvalho tornou-se a primeira mulher negra a ser secretária de Acesso à Justiça do ministério da Justiça. Seu protagonismo é indiscutível. ‘Ser uma mulher negra no ministério da Justiça para mim é por vezes a continuidade de uma sina. É a sina que eu carrego há um tempo de ser a primeira mulher negra ocupando os espaços.’
O Pioneirismo na Advocacia
Marcelise Azevedo, advogada, também carrega o título de pioneira, sendo a primeira mulher negra na Comissão de Ética Pública da Presidência. Sua relevância no cenário jurídico é notável. ‘Eu tenho total consciência da importância desse protagonismo de ser a primeira ou de ser a única. Eu só não me apego muito a eles porque eu sei o que significa ser a primeira e ser a única significa é como se eu estivesse carimbando o racismo.’
O Enfrentamento do Racismo na Justiça
Sheila e Marcelise compartilham a dificuldade enfrentada no combate ao racismo estrutural. Todos os dias, situações de discriminação e deslegitimação são vivenciadas. O racismo ainda impera, principalmente nos cargos de chefia, o que representa um dos grandes desafios para a igualdade racial no Judiciário.
Representatividade na Justiça Brasileira
A baixa representação de pessoas pretas e pardas nos quadros do Judiciário é alarmante. A luta pela democratização das estruturas jurídicas se mostra necessária para garantir o acesso à Justiça a todos. Investir em cotas é uma das ferramentas apontadas por Marcelise como forma de ampliar a representação da sociedade no sistema judiciário.
Continuidade da Luta Racial
Mesmo diante de tantos obstáculos, a importância de persistir na luta racial é evidente para Sheila e Marcelise. O protagonismo dessas mulheres é muito mais do que individual, é coletivo. O combate ao racismo e a busca por uma Justiça verdadeiramente igualitária são bandeiras que motivam a seguir em frente, transformando vidas e salvando histórias.
Fonte: © Migalhas