Proteínas no sangue revelam ritmo de envelhecimento cerebral, mostrando como o cérebro está se deteriorando.
O processo de envelhecimento do cérebro humano é um tema de grande interesse para cientistas e pesquisadores, pois afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas ao longo da vida. A ressonância magnética é uma técnica que permite visualizar a atividade cerebral em diferentes idades, permitindo observar as mudanças que ocorrem ao longo do tempo.
Um estudo publicado em 2019 pela revista Neurology utilizou a ressonância magnética para comparar o cérebro de um homem de 25 anos com o de um homem de 74 anos. As imagens evidenciaram uma redução significativa da atividade cerebral em regiões relacionadas à memória e ao aprendizado no homem de 74 anos. A velhice é um processo natural no qual ocorrem mudanças fisiológicas, incluindo o envelhecer do cérebro, que pode afetar a capacidade de aprender e se lembrar de informações novas. Além disso, o estudo destacou a importância de manter a atividade mental, pois pode ajudar a retardar o envelhecimento mental e melhorar a qualidade de vida.
A idade é um fator que influencia o envelhecimento cerebral, e estudos como esse ajudam a entender melhor como as mudanças ao longo do tempo afetam o cérebro. Além disso, a resonância magnética é uma ferramenta valiosa para a investigação do envelhecimento mental, permitindo que os pesquisadores observe as alterações em diferentes regiões do cérebro e identifiquem novos tratamentos para doenças relacionadas ao envelhecimento. O envelhecimento cerebral não é um processo uniforme e pode ser influenciado por fatores como a atividade mental e a saúde mental, o que é fundamental para a prevenção e tratamento de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Descoberta de Biomarcadores no Sangue Revela Possibilidades de Tratamento para Doenças Relacionadas à Idade
Um estudo publicado na revista Nature Aging trouxe luz para a compreensão do envelhecimento cerebral, revelando biomarcadores presentes no sangue que podem monitorar o envelhecimento cerebral e indicar novas perspectivas de tratamento para doenças relacionadas à idade, como a demência. A pesquisa identificou 13 proteínas no sangue que podem prever a velocidade com que o cérebro envelhece em comparação com o resto do corpo.
Envelhecimento Cerebral e Velhice: Um Estudo que Excede a Idade Cronológica
Os pesquisadores utilizaram um modelo de aprendizado de máquina para estimar a ‘idade cerebral’ a partir de exames de imagem realizados em mais de 10 mil indivíduos. Dentre os dados analisados, oito proteínas foram associadas ao envelhecimento cerebral acelerado, enquanto cinco estavam relacionadas a um envelhecimento mais lento. Essas descobertas indicam que o envelhecimento cerebral não é sinônimo de envelhecimento, e que a idade mental pode não refletir a idade cronológica.
Envelhecer e Idade Mental: Uma Nova Perspectiva
Outro achado importante foi a identificação de mudanças nos níveis de proteínas do sangue em três idades específicas: 57, 70 e 78 anos. Cada fase corresponde a um período distinto de envelhecimento cerebral. Aos 57 anos, as alterações envolviam proteínas relacionadas ao metabolismo, cicatrização e saúde mental. Esses picos têm diferentes implicações e podem ser utilizados para diagnóstico precoce e intervenções em distúrbios cerebrais.
Estudo Publicado e Pesquisadores Identificaram Tratamento Futuros
Wei-Shi Liu, neurologista da Universidade de Fudan, na China, e coautor do estudo, destaca que estudos anteriores focaram principalmente na associação entre proteínas e a idade cronológica. No entanto, examinar biomarcadores relacionados à idade cerebral pode ajudar a identificar moléculas para tratamentos futuros.
Imagem Cerebral e Celulas Cerebrais
Utilizando dados de imagem cerebral de 10.949 pessoas, os cientistas criaram um modelo baseado em características como volume cerebral, área superficial e distribuição da substância branca. Para identificar proteínas associadas a uma grande diferença entre idade cerebral e cronológica, analisaram 2.922 proteínas em amostras de sangue de 4.696 participantes, sendo mais da metade mulheres.
Envelhecimento Cerebral e Saúde Mental
Os pesquisadores encontraram 13 proteínas ligadas a essas diferenças, algumas associadas à cognição, saúde mental e movimentos. Uma proteína de destaque foi a brevican (BCAN), envolvida na formação e manutenção das redes moleculares ao redor das células, bem como em processos de aprendizado e memória. Níveis elevados de BCAN foram associados a um envelhecimento cerebral mais lento.
Tratamento Futuros e Envelhecimento
Além disso, pessoas com doença de Alzheimer apresentam menos BCAN em células cerebrais do que indivíduos saudáveis. Essas descobertas abrem novas perspectivas para o tratamento de doenças relacionadas à idade, permitindo que os médicos monitorem o envelhecimento cerebral e intervenham precocemente para prevenir danos cerebrais.
Fonte: @ Terra