A Superintendência-Geral reconhecido no setor pet do Brasil tem até 240 ou 330 dias para decidir sobre operações notificadas, especialmente se houver muitas sobreposições e questões concorrenciais.
A união da Petz com a Cobasi, resultando na formação da maior empresa do ramo pet no Brasil, vem gerando discussões sobre o impacto competitivo da transação, que precisará ser analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Uma fonte interna do órgão indicou que é improvável que uma fusão de tal envergadura seja autorizada sem restrições.
Essa fusão estratégica pode promover a integração de serviços e a junção de expertise das duas empresas, criando sinergias no mercado pet. É importante acompanhar de perto como a união entre a Petz e a Cobasi irá impactar o setor e os consumidores, levando em consideração as possíveis mudanças que surgirão com essa fusão significativa.
Discussão sobre a possível fusão no setor pet no Brasil
As análises iniciais sobre a possível fusão entre as empresas do setor pet no Brasil estão em andamento, após a assinatura do memorando de entendimentos na última sexta-feira. Há uma expectativa de que a união das companhias possa gerar diversas sobreposições, o que pode exigir uma análise minuciosa em nível local para solucionar possíveis questões concorrenciais.
Um representante do órgão antitruste observou que, se as empresas já trouxerem informações detalhadas sobre as questões de concorrência, a análise poderá ser menos complexa do que o esperado. Em fusões desse porte, é crucial identificar quais estabelecimentos precisarão ser cedidos para aprovação do negócio.
Além disso, no ramo varejista, é comum que a avaliação do órgão antitruste seja conduzida de maneira localizada, considerando cidades individualmente e, em áreas com população superior a 200 mil habitantes, até bairros distintos. O Cade possui um prazo de até 240 dias para deliberar sobre operações notificadas, podendo se estender para 330 dias em casos mais complexos, sob reconhecimento da Superintendência-Geral.
Durante uma teleconferência discutindo a fusão com a concorrente Cobasi, o CEO da Petz, Sergio Zimerman, mencionou que ainda não houve diálogos iniciais com o Cade, porém demonstrou confiança na análise do órgão regulador. Ele reconheceu a possibilidade de obstáculos, mas não os enxergou como significativos. O CEO da Cobasi, Paulo Nassar, adotou um discurso semelhante, mostrando otimismo em relação ao processo.
Zimerman destacou que as duas empresas juntas detêm aproximadamente 2% do mercado em seu segmento no país, o que, na percepção dos empresários envolvidos, sugere que as restrições por parte do Cade podem ser leves. Segundo relatório do BTG Pactual, cerca de 48% das lojas da Petz estão em São Paulo, em comparação com 54% da Cobasi.
O BTG Pactual ressaltou em seu relatório que a fusão resultará em uma empresa líder em um setor desafiador, que tem enfrentado crescente competição nos últimos anos devido à expansão do comércio eletrônico e à queda nas vendas de itens não alimentícios. O mercado permanece altamente fragmentado, com preços agressivos em toda a cadeia de suprimentos.
Por fim, a união das empresas do setor pet no Brasil promete trazer consigo não apenas a ampliação de sua presença, mas também o enfrentamento das complexidades e oportunidades associadas a esse processo de fusão.
Fonte: @ Mercado e Consumo