Um Grupo de Trabalho interministerial discutirá impactos da dependência dos jogadores na saúde mental em 60 dias.
Com o objetivo de abordar questões em relação à saúde dos usuários de jogos de azar online, o governo federal emitiu um comunicado sobre a criação de um grupo de trabalho para explorar ações contra os impactos negativos do jogo nas pessoas. Desta forma, o governo visa garantir que os brasileiros possam se divertir sem danificar sua saúde mental.
A saúde mental dos brasileiros é uma questão séria e o governo está tomando medidas para proteger os cidadãos de problemas como a dependência ao jogo e o endividamento. Ao mesmo tempo, é importante lembrar que a saúde não se resume apenas à saúde física, mas também ao bem-estar. Uma vida saudável inclui também o bem-estar mental e o bem-estar físico, e o governo deve garantir que todas essas áreas sejam protegidas e promovidas. O endividamento e a dependência são consequências negativas de jogos de azar excessivos que podem afetar a saúde mental dos indivíduos de forma contínua.
Um passo firme para a saúde mental
O Grupo de Trabalho Interministerial de Saúde Mental, Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático irá realizar reuniões quinzenais ao longo de 60 dias, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), visando desenvolver estratégias preventivas e mitigar danos para os afetados pelas jogatinas virtuais. Esse esforço conjunto entre os ministérios da Saúde, Fazenda, Esportes e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República visa priorizar a saúde mental dos apostadores, reconhecendo a gravidade da situação e buscando regulamentações mais rígidas para o setor, protegendo o bem-estar-físico e bem-estar-mental da população.
Nesse contexto, o governo federal busca preservar a integridade das famílias, proteger as crianças e adolescentes e conscientizar as pessoas de que as apostas esportivas são uma forma de recreação, mas que é um lazer perigoso, pois envolve o risco de perder dinheiro e danificar a saúde mental dos brasileiros. O secretário nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco, salientou que a saúde mental dos brasileiros é uma preocupação constante, enfatizando a necessidade de uma abordagem proativa para o bem-estar-mental.
O grupo terá autonomia para reexaminar ações administrativas e políticas públicas, fazer sugestões de atuação regulatória e propor estratégias regulatórias e administrativas para a redução de danos e enfrentamento do problema, bem como elaborar diretrizes de assistência à saúde mental e prevenção aos problemas associados às apostas. Além disso, a frente interministerial também desenvolverá campanhas de conscientização e programas assistenciais voltados à saúde mental.
A problemática das apostas virtuais é considerada um problema de saúde pública, com impactos devastadores, especialmente em populações vulneráveis e abastadas, conforme uma série de artigos publicados pela Comission Lancet. Os especialistas classificaram as apostas virtuais como uma ameaça assim como o tabaco e o álcool, relacionando o jogo patológico a episódios de ansiedade, depressão e até tentativas de suicídio. As estimativas apontam que, na população em geral, há 2% de jogadores patológicos, com 15% já tendo tentado se matar.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que ações de conscientização sobre o vício em jogos seriam intensificadas pelas equipes da Estratégia Saúde da Família, visando uma abordagem mais eficaz na prevenção e redução de danos associados às apostas. É essencial garantir que o setor se torne mais transparente e responsável, priorizando a saúde mental dos brasileiros.
Fonte: @ Veja Abril