Fundador da Greptile diz que empresa não oferece equilíbrio entre vida pessoal e profissional, ambiente de trabalho de alto estresse.
Em um mundo cada vez mais digitalizado, as startups têm se tornado um espaço de oportunidades para jovens empreendedores, mas também um desafio ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Daksh Gupta, fundador da Greptile, startup de tecnologia que utiliza inteligência artificial para detecção de bugs, recentemente compartilhou sua visão sobre essa questão nas redes sociais, gerando um debate relevante sobre o tema.
Na startup Greptile, como em muitas outras empresas, a rotina de trabalho pode se tornar intensa, especialmente quando se trata de manter o ritmo inovador e competitivo do mercado. O fundador da Greptile enfatizou a importância de equipes de trabalho comprometidas, que entendem a necessidade de equilibrar o desenvolvimento profissional com a vida pessoal. “É fundamental que nossa equipe seja capaz de gerenciar o tempo de forma eficiente, garantindo que os objetivos sejam alcançados enquanto mantemos a saúde mental e física”, enfatizou. Além disso, a colaboração e a confiança entre colaboradores são essenciais para o sucesso de qualquer startup, pois elas permitem que as ideias sejam compartilhadas e que os problemas sejam resolvidos de forma eficaz.
Startups: um ambiente de trabalho de alta intensidade
Gupta, um jovem empreendedor de 23 anos, residente em São Francisco, nos Estados Unidos, defendeu abertamente um ambiente de trabalho extremamente exigente para suas startups, deixando claro que as empresas de tecnologia não são o único cenário onde esse tipo de ambiente é comum, mas sim, uma opção para aqueles que buscam desafios e trabalhar em equipes que valorizam a produtividade. Com mais de 1,5 milhão de visualizações, sua postagem viralizou, gerando uma discussão enriquecedora sobre a relação entre trabalho e vida pessoal.
Startups e o perfil de colaborador ideal
Para Gupta, o perfil de colaborador perfeito é alguém que não apenas tolera, mas que deseja um ambiente de trabalho de alta intensidade e pouca flexibilidade. Muitos de seus colaboradores, na verdade, vêm de grandes empresas de tecnologia, onde se sentiam ‘maltratados e entediados’, e agora buscam algo mais desafiador e estimulante. A Greptile, sua startup, não oferece ‘nenhum equilíbrio entre vida pessoal e profissional’, e a jornada de trabalho usual se estende das 9h às 23h, com atividades nos fins de semana, o que pode ser considerado um ambiente de alto estresse.
Startups: o impacto na saúde e bem-estar
A postagem de Gupta rapidamente viralizou, gerando opiniões mistas no Reddit. ‘Pelo menos ele avisa os candidatos antes,’ disse um usuário, enquanto outros questionaram a ética e a sustentabilidade de um ambiente de trabalho tão exigente. ‘Sua equipe seria mais produtiva com uma vida fora do trabalho,’ criticou um internauta. Para alguns, a honestidade de Gupta foi bem-vinda.’Prefiro transparência a ser surpreendido com jornadas de 100 horas semanais,’ pontuou um usuário.
Startups e a falta de equilíbrio
Apesar da repercussão negativa, Gupta manteve sua posição. ‘Não me incomodo com o que dizem. Já fui chamado de burro e ouvi que minha startup não daria certo.Prefiro ser claro ao descrever o ambiente como ‘sem equilíbrio entre vida pessoal e profissional’ e ‘alto estresse’ para atrair quem realmente quer isso.’ Segundo a Newsweek, o Global Life-Work Balance Index 2024, divulgado pela Remote, posiciona os Estados Unidos em 55º lugar entre 60 países, destacando a pouca preocupação com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Em contraste, países como Nova Zelândia e Dinamarca se destacam por políticas que promovem o bem-estar dos trabalhadores e jornadas mais curtas.
Fonte: @ PEGN