Superar a sensação de frustração e desconexão no trabalho devido à dissonância entre expectativas e realidade, afetando sentimentos e bem-estar.
Às vezes, após concluir um projeto complexo e receber elogios por seu desempenho, você pode se sentir insatisfeito e frustrado. Essa sensação de insatisfação pode estar relacionada à dismorfia de produtividade, um fenômeno que afeta muitas pessoas que se esforçam para alcançar seus objetivos.
A dismorfia de produtividade pode levar a uma distorção da percepção sobre o próprio desempenho, criando uma desconexão entre o que se realiza e a sensação de realização. Isso pode resultar em uma percepção distorcida do desempenho, onde o indivíduo se sente insatisfeito, mesmo tendo alcançado seus objetivos. A chave para superar essa sensação é reconhecer e redefinir as expectativas e metas, permitindo que o indivíduo se sinta mais realizado e satisfeito com seu trabalho.
A Dismorfia de Produtividade: Uma Visão Distorcida do Sucesso
A dismorfia de produtividade é um conceito que descreve a desconexão entre o que uma pessoa realiza objetivamente e a sua sensação de realização, levando-a a se sentir improdutiva, mesmo quando atinge suas metas. Essa condição é caracterizada por uma percepção distorcida do desempenho, onde a pessoa enxerga defeitos ou imperfeições que, na realidade, podem não existir.
No ambiente de trabalho, a dismorfia de produtividade é um distúrbio que afeta a percepção do próprio desempenho, criando uma dissonância entre o que foi alcançado e o sentimento de satisfação com o resultado. O termo foi cunhado em 2020 pelo designer californiano Ben Uyeda, que sugeriu que a dismorfia de produtividade deveria ser reconhecida como uma condição.
A jornalista Anna Codrea-Rado popularizou o termo ao relatar como esse fenômeno se manifestou em sua vida. Para Codrea-Rado, a dismorfia de produtividade descreve a desconexão entre os resultados concretos e os sentimentos sobre o trabalho realizado. Mesmo pessoas altamente produtivas e bem-sucedidas podem sentir que não fizeram o suficiente.
Essa condição está ligada a questões como ansiedade, esgotamento e síndrome do impostor. Ela se manifesta frequentemente em profissionais que buscam aperfeiçoamento constante e, como resultado, nunca se sentem satisfeitos com seus feitos. Esses indivíduos tendem a exigir muito de si mesmos, mas acabam minimizando ou ignorando seus sucessos.
Entendendo a Diferença entre Síndrome do Impostor e Dismorfia de Produtividade
Embora estejam relacionados, a síndrome do impostor e a dismorfia de produtividade possuem diferenças sutis. A síndrome do impostor está mais associada à falta de confiança na própria capacidade de realizar um trabalho, enquanto a dismorfia de produtividade reflete uma falta de confiança no trabalho que já foi concluído.
Em ambos os casos, o resultado é uma constante sensação de insatisfação e a crença de que nunca se está fazendo o suficiente. Um exemplo comum envolve líderes ou profissionais que, apesar de verem bons resultados e receberem feedbacks positivos, não conseguem se sentir realizados com suas conquistas.
Esse sentimento de fracasso gera ansiedade, cansaço e baixa autoestima, afetando o bem-estar. A dismorfia de produtividade pode estar associada a problemas de saúde mental, como ansiedade e esgotamento.
Lidando com a Dismorfia de Produtividade
Para tratar essa condição de forma adequada, é importante buscar ajuda profissional, além de adotar algumas práticas que ajudam a enxergar a realidade de forma mais objetiva. Lindsey Ellefson, jornalista especializada em saúde mental, sugere a criação de listas com as tarefas concluídas, além das pendentes, para ajudar a visualizar o progresso e a sensação de realização. Além disso, é fundamental reconhecer e celebrar os sucessos, mesmo que sejam pequenos, para ajudar a construir a confiança e a autoestima.
Fonte: @ Minha Vida