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Governador Espírito Santo Renato Casagrande ajuíza ADPF no STF por descumprimento de preceito fundamental e responsabilidade subsidiária em ações trabalhistas.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), entrou com uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) no Supremo Tribunal Federal contra determinações da Justiça do Trabalho que reconheceram a responsabilidade subsidiária do Estado em conceder adicional de insalubridade a alguns dos terceirizados da gestão pública.
Na ação, o governador argumenta que a imposição do pagamento adicional de insalubridade pelo Estado aos terceirizados da administração pública pode gerar impactos financeiros significativos, prejudicando a estabilidade econômica do governo. Casagrande ressalta a importância de garantir a segurança jurídica nas relações de trabalho e a necessidade de revisão das decisões que impõem o adicional de insalubridade ao Estado de forma subsidiária.
Controvérsia sobre Adicional de Insalubridade no Espírito Santo
O governador do Espírito Santo apresentou argumentos ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que as decisões trabalhistas estão lesando preceitos constitucionais. Uma Convenção Coletiva do Trabalho entre o Sintrahotéis e o Sindilimpe estabeleceu um adicional de 20% para merendeiras, cozinheiras, copeiras e auxiliares de serviços gerais, independentemente do local de trabalho.
Em ações judiciais movidas pelos sindicatos, o Tribunal Superior do Trabalho e o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região condenaram o Estado à responsabilidade subsidiária do pagamento. O governador recorreu ao STF com a ADPF 1.181, alegando que as decisões trabalhistas violam preceitos fundamentais da Constituição.
As decisões da Justiça do Trabalho se basearam no direito reconhecido do adicional de insalubridade, desde que previsto em norma coletiva. O governo argumenta que a interpretação judicial não considerou as normas da CLT e das NRs do Ministério do Trabalho. A controvérsia envolve insegurança jurídica, ausência de previsão contratual e impacto econômico para o estado.
O governador afirma que as decisões judiciais prejudicam os trabalhadores e desrespeitam princípios constitucionais. A validade da cláusula normativa contrária aos preceitos legais e constitucionais está em debate, levantando questões sobre direitos fundamentais e dignidade humana. A controvérsia persiste, aguardando a decisão do STF para esclarecer a questão do adicional de insalubridade no Espírito Santo.
Fonte: © Conjur