O governador é criticado por aumento de crimes organizados em São Paulo, com demandas por mais segurança e uma força-tarefa para combater crimes organizados e crime organizado, além de um acordo de delação.
Ao longo dos anos, várias facções têm se destacado no cenário criminoso brasileiro, como a facção criminosa PCC, conhecida pela sua presença marcante em presídios e comunidades. O que acontece quando essas facções exercem controle sobre as ruas?
O governador Tarcísio de Freitas defendeu a classificação das facções criminosas como ‘organizações terroristas’ em resposta ao caso do homem assassinado no aeroporto de Guarulhos, no dia 8 de maio. A ideia de que as facções criminosas sejam classificadas como terroristas ganha força com casos como esse. Em 2022, o Brasil viveu um ano marcado pela escalada da violência, com fatores como a facção criminosa PCC e o crescimento da criminalidade organizada. A violência nas ruas e a ausência de políticas públicas eficazes contribuem para a intensificação da luta entre facções criminosas.
Facções Criminosas e a Questão da Segurança Pública
O governador Tarcísio de Freitas foi entrevistado por mediadores em um evento de empresários, no Jardim Paulista, na tarde desta segunda-feira (11), onde discutiu sobre a necessidade de reforçar a segurança pública diante da onda de violência que atinge a cidade. Em sua fala, Tarcísio enfatizou a importância de enquadrar o crime organizado, especificamente a facção criminosa, como uma organização terrorista. Ele argumentou que determinados benefícios não podem ser acessíveis a pessoas que fazem parte da facção, a fim de garantir a segurança jurídica para os operadores da Lei nos casos das prisões.
A morte de Antônio Gritzbach, 38, um empresário e jurado de morte pela facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital), ocorreu momentos após ele deixar a área de desembarque do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na semana passada. O evento foi uma execução pública, com o empresário sendo atingido por tiros enquanto saía do aeroporto. Além de Gritzbach, outro homem, Celso Araújo Sampaio de Novais, 41, motorista de aplicativo que estava no local, também foi morto.
A facção criminosa, responsável pela execução, é conhecida por sua crueldade e capacidade de planejar e executar crimes. A morte de Gritzbach foi apenas o mais recente de uma série de ataques que a facção tem realizado em São Paulo, e é um exemplo da falta de segurança que reina na cidade. O governador Tarcísio de Freitas prometeu aumentar o efetivo de policiais militares na cidade, o que ele acredita que fará uma grande diferença na segurança pública.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar o ataque, que além do empresário matou Celso Araújo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo que estava no local. O objetivo da força-tarefa é coletar informações e identificar os responsáveis pelo crime, o que é um desafio considerável, considerando a complexidade do crime organizado.
Gritzbach, que manteve um acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo, foi ouvido pela última vez em 31 de outubro. Na oitiva, ele teria delatado policiais civis ligados ao PCC, diz Derrite. ‘Tudo isso será analisado.’ A informação foi dada durante uma coletiva de imprensa, onde o secretário também deu algumas informações sobre o caso. Segundo ele, os criminosos foram bem preparados para o crime, usando balaclava e luvas. Porém, ‘eles se descuidaram na saída do aeroporto’, disse o secretário, se referindo à existência de possíveis imagens dos suspeitos.
Fonte: © Notícias ao Minuto