Na Índia, uma lei bloqueia aplicativo, oferecendo um exemplo para EUA. Subculturas crescem, base de usuários expande, oportunidades transformadoras. Criadores/influencers, violência mortal, batalha jurídica. Adaptamos rápido, exposição inédita, forma do algoritmo. (144 caracteres)
Quatro anos atrás, a Índia se destacava como o principal mercado do aplicativo TikTok. Com uma base de 200 milhões de usuários, o app era lar de diversas subculturas e proporcionava, frequentemente, chances de transformação para criadores de conteúdo e influenciadores.
Recentemente, a Índia decidiu proibir TikTok e restringir o acesso de seus cidadãos ao aplicativo de vídeos curtos. Essa medida drástica causou impacto na comunidade de criadores, que agora se vêem em busca de novas plataformas para compartilhar seu talento e se conectar com o público. A decisão de banir o TikTok deixou muitos usuários desapontados e em busca de alternativas criativas para expressar sua individualidade na internet.
A Índia e o Nepal proíbem TikTok; a batalha judicial nos EUA
O TikTok, outrora visto como imbatível, viu seu destino mudar quando a Índia proibiu o aplicativo após confrontos fronteiriços em junho de 2020. Essa medida abrupta deixou contas e vídeos indianos congelados no tempo, mostrando o impacto cultural que o TikTok havia alcançado. Essa história serve como um alerta para os Estados Unidos, onde a possibilidade de banir o TikTok tem sido discutida há anos, culminando na assinatura de um projeto de lei por Joe Biden em 24 de abril.
A base de usuários do TikTok nos EUA, cerca de 150 milhões de pessoas, aguarda para saber o desfecho dessa saga. Enquanto a Bytedance, empresa proprietária do aplicativo, se recusa a vender sua participação e promete resistir juridicamente, a incerteza paira sobre o futuro do TikTok na América. Uma proibição nos EUA traria desafios sem precedentes, mas a batalha judicial que se aproxima pode definir o desfecho dessa narrativa.
Além das mudanças na Índia e a possível proibição nos EUA, o TikTok enfrentou restrições em outros países. Em novembro de 2023, o Nepal juntou-se à lista de nações que decidiram banir o aplicativo, enquanto o Paquistão implementou proibições temporárias desde 2020. Essas ações refletem a preocupação global em torno da segurança e do alcance do TikTok.
A proibição do TikTok na Índia destacou não apenas a rapidez com que os usuários se adaptam a mudanças repentinas, mas também evidenciou as oportunidades de mudança de vida proporcionadas pela plataforma. Criadores de conteúdo e influenciadores indianos viram suas trajetórias interrompidas, perdendo a exposição e conexões únicas que o TikTok lhes proporcionava.
Entre os relatos impactantes está o de Sucharita Tyagi, uma crítica de cinema de Mumbai, que viu sua comunidade de 11 mil seguidores desaparecer da noite para o dia. Para Tyagi, o TikTok oferecia uma forma inédita de expressão e reconhecimento, especialmente para aqueles que viviam em áreas rurais. O aplicativo permitiu que indivíduos dessas regiões encontrassem seu público e conquistassem notoriedade, algo antes inatingível.
A forma do algoritmo do TikTok e sua abordagem democrática à promoção de conteúdo foram elementos-chave para a inclusão de subculturas em expansão na esfera digital. A possibilidade de proibir o TikTok nos EUA levanta questões sobre o futuro da liberdade de expressão e dos modelos de negócios das redes sociais. Enquanto a batalha judicial se desenrola, a comunidade global aguarda para ver como essa saga tecnológica se desdobrará.
Fonte: © G1 – Tecnologia