Comitê do Senado EUA denuncia empresas que importam carros com peças da JWD, acusada de usar mão de obra forçada de uigures, prática ilegal nos EUA desde 1930, com fabricação, montadores, mercadorias e componentes envolvidos.
Publicidade As fabricantes de automóveis BMW, Jaguar Land Rover (JLR) e Volkswagen foram mencionadas em um relatório do Comitê de Finanças do Senado dos Estados Unidos por terem utilizado na montagem de seus veículos peças feitas por um fornecedor da China que figura numa lista de empresas banidas por supostas ligações com trabalho forçado. A importação de mercadorias feitas com trabalho forçado para os Estados Unidos é ilegal desde a década de 1930. Segundo o presidente do colegiado, o senador democrata, Ron Wyden, ‘de alguma forma, a equipe de supervisão do Comitê descobriu o que empresas multibilionárias aparentemente não conseguiram: que a BMW importava carros, a Jaguar Land Rover importava peças e a VW fabricava carros que incluíam componentes feitos por um fornecedor proibido por usar trabalho forçado dos uigures.’ Continua depois da publicidade A ONU tem monitorado nos últimos anos a repressão praticada contra a etnia dos uigures na região de Xinjiang, após denúncias de práticas como tortura física e psicológica, trabalho forçado, deslocamento em massa forçado, esterilização forçada e separação de crianças de seus pais.
Wyden afirmou que ‘as montadoras estão enfiando a cabeça na areia e depois jurando que não conseguem encontrar trabalho forçado em suas cadeias de suprimentos’. ‘O autopoliciamento das montadoras claramente não está fazendo o trabalho. A exploração laboral é um problema grave que precisa ser enfrentado com seriedade e transparência por todas as empresas envolvidas na cadeia de produção. É fundamental combater a servidão e a exploração laboral em todas as suas formas, garantindo condições dignas de trabalho para todos os envolvidos na fabricação de produtos em escala global. fabricação
Medidas Contra o Trabalho Forçado na China
Estou solicitando à Alfândega e Proteção de Fronteiras que tome uma série de ações específicas para combater o uso vergonhoso de trabalho forçado na China’, afirmou o senador. Segundo um relatório recente do Comitê, cerca de 8.000 carros BMW do modelo Mini Cooper foram trazidos para os EUA com componentes da empresa chinesa Sichuan Jingweida Technology Group (JWD). Além disso, a Jaguar Land Rover importou peças de reposição contendo componentes da JWD após a empresa ser colocada na lista de proibição. A Volkswagen também enfrentou problemas, com milhares de veículos retidos pelas autoridades devido a um componente que violava as leis contra o trabalho forçado nos EUA.
A BMW ressaltou que mantém padrões rígidos em relação às práticas de emprego e condições de trabalho, exigindo que todos os fornecedores diretos sigam tais diretrizes. A empresa afirmou ter interrompido a importação de produtos afetados e planeja uma ação de serviço para notificar clientes e revendedores sobre os veículos afetados. Por sua vez, a JLR informou que está identificando e destruindo qualquer estoque global que contenha o referido componente.
O Comitê destacou o uso sistemático de trabalho forçado na região de Xinjiang, na China, e aprovou a Lei de Prevenção do Trabalho Forçado Uigur (UFLPA) em 2021 para reforçar a aplicação da lei nessa área e em outras entidades envolvidas no esquema de trabalho forçado. O Comitê propôs acelerar o trabalho da Força-Tarefa de Execução do Trabalho Forçado do DHS para identificar instalações em Xinjiang que utilizam trabalho forçado e incluí-las na Lista de Entidades da UFLPA. Também foi solicitada a atualização da lista de setores prioritários para a aplicação da UFFPA, visando evitar a importação de bens provenientes de Xinjiang, região suspeita de uso de trabalho forçado por minorias uigures.
Fonte: @ Info Money