Gestores com comportamentos tóxicos podem afetar negativamente a saúde e o desempenho dos funcionários em ambiente de trabalho, reduzindo produtividade, e prejudicando a inteligência emocional.
Os chefes tóxicos podem se esconder sob diversas máscaras, mas um ponto em comum é a forma como o seu comportamento afeta os colaboradores. Eles podem ser despoticos, exigindo obediência incondicional, ou manipuladores, usando a emoção para controlar as ações dos outros. Mas, independente da sua forma de agir, o resultado é o mesmo: um ambiente de trabalho insustentável. O chefe tóxico tem o poder de destruir a motivação de uma equipe inteira.
Para entender quem é um chefe tóxico, é preciso lembrar que liderar não é governar. Um líder inspira e motiva os seus seguidores, enquanto um chefe tóxico governa com medo e conflito. Um chefe tóxico pode ser o resultado de uma falta de liderança, de um sistema de gestão que não valoriza a queima de combustível e que não recompensa o desempenho. Mas, também pode ser o resultado de um indivíduo que simplesmente não tem a capacidade de liderar de forma eficaz. O resultado é o mesmo: um ambiente tóxico e danoso para a saúde mental dos colaboradores.
Identificando o Chefe Tóxico: 4 Sinais Indispensáveis
De acordo com Jordi Alemany, Business Humanizer, os chefes tóxicos são capazes de transformar um ambiente de trabalho saudável em um ambiente hostil e insalubre. Líderes como esses podem ser difíceis de identificar, mas existem algumas chaves para detectar sua presença. Daniel Goleman, psicólogo de Harvard e autor de best-sellers do NY Times, explica que os comportamentos de um chefe tóxico podem ser divididos em quatro categorias.
1º Sinal: Repreensão e Humilhação em Público
Um chefe com inteligência emocional crítica os funcionários de maneira construtiva e respeitosa. No entanto, o chefe tóxico utiliza violência verbal para intimidar seus colaboradores. Segundo a Society for Human Resource Management, 48% dos profissionais de RH relataram casos de ‘violência no local de trabalho’ em suas empresas em 2019, incluindo assédio, gritos e/ou insultos. O uso de linguagem agressiva em público e a repreensão de funcionários em frente a colegas são sinais de que o chefe tóxico não valoriza a inteligência emocional.
2º Sinal: Uso de Linguagem Passivo-Agressiva
Os chefes tóxicos podem ser mestres em usar linguagem passivo-agressiva para expressar sua raiva sem directly fazê-lo. O psicólogo Mamen Jiménez explica que essa abordagem pode levar a mais raiva e confusão. Frases como ‘como eu disse em meu e-mail anterior’ ou ‘obviamente’ são exemplos comuns de linguagem passivo-agressiva. Essa abordagem pode ser confusa e não permite espaço para feedback positivo.
3º Sinal: Busca Obsessiva por Produtividade e Perfeição
Os chefes tóxicos valorizam a produtividade tóxica e dão prioridade à perfeição em detrimento da saúde e do bem-estar dos funcionários. Além disso, eles não valorizam o feedback positivo e apenas veem os erros. O sucesso de um líder é medido pela satisfação de seus funcionários, e não pelo número de horas extras trabalhadas. Um chefe tóxico não reconhece o trabalho bem-feito de seus colaboradores e apenas se concentra em seus próprios erros.
4º Sinal: Discussões Sem Motivo Constantes
Os chefes tóxicos são conhecidos por discutir sem motivo com todos, sem importar a situação. Isso pode levar a um ambiente de trabalho insalubre e hostil. Os líderes que estão sempre discutindo sem motivo podem estar dificultando a colaboração e a comunicação entre os funcionários. Além disso, podem estar gerando um ambiente de trabalho onde a pessoa tóxica se sinta confortável em expressar sua raiva e hostilidade em relação aos outros.
Fonte: @ Minha Vida