Mina de Borborema pode dobrar produção com mudança de rota de rodovia, afirma CEO Rodrigo Barbosa. A mina-a-céu-aberto, dentro da área-de-propriedade da mineradora, necessita de ajustes no desenho-técnico para explorar melhor o depósito-de-ouro, que está localizado em um trecho-da-rodovia.
A Aura Minerals, uma mineradora canadense, está prestes a concluir uma obra no Rio Grande do Norte que vai ampliar significativamente a produção de ouro em seu portfólio.
A ampliação da produção de ouro na região é um passo importante para a empresa, que está investindo pesadamente na mina de ouro da região, Mina do Rio Grande do Norte, uma das mais produtivas do país, com uma produção de 83 mil onças equivalentes (GEO) anuais.
Ouro: A Minha de Ouro da Aura Minerals Sobra em Área de Propriedade
A mineradora Aura Minerals está prestes a iniciar a fase de ramp up (início do processo produtivo) do projeto Borborema, um conjunto de três concessões de lavra mineral em uma área de 29 km² no semiárido potiguar, no primeiro trimestre de 2025. O objetivo é iniciar a operação comercial propriamente dita entre o terceiro e o quarto trimestre do próximo ano. O estudo de viabilidade realizado pela empresa identificou que a mina a céu aberto tem condições de produzir 815 mil onças de ouro durante os 10 anos de vida útil, em um projeto que demandou investimentos de US$ 188 milhões. No entanto, a Aura Minerals pode dobrar essa produção caso consiga liberar uma estrada federal no trecho da rodovia próximo à cidade de Currais Novos (RN), onde foi identificado um grande depósito de ouro.
A Mina da Aura: Ouro e Desenho Técnico
A estrada no caminho da Aura ‘esconde’ cerca de US$ 2,2 bilhões, caso seja negociada em torno de US$ 2.670 a onça-troy. A área da mina que passa pela estrada federal já é de propriedade da mineradora, mas é necessário um acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes. De acordo com o CEO da Aura, Rodrigo Barbosa, já foram realizadas reuniões para apresentação de desenho técnico da obra e existe a possibilidade dessa aprovação ocorrer no primeiro semestre do ano que vem. A empresa separou entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões para a remodelação do trecho de seis quilômetros da BR-226 assim que tiver o aval do governo federal.
Trecho da Rodovia e Desapropriações
O desenho está em discussão. O projeto já está perto de alcançar o nível de atendimento a todas as determinações do Dnit. Ainda que seja liberado em 2025, serão necessários três anos para que o novo traçado possa ser concluído. Para isso, a empresa fará desapropriações no entorno da fábrica. O CEO da Aura só não revela em que direção a obra será executada, até para não gerar especulação imobiliária na região. Com o aumento de captação de ouro, será necessário, naturalmente, ampliar a unidade de processamento do minério no entorno da mina. Por enquanto, a capacidade é para 2 milhões de toneladas de materiais processados por ano. Com a nova área liberada, esse volume deve subir para 3,5 milhões. Certamente teremos que fazer novos investimentos na fábrica, com mais equipamentos, mas ainda não temos esse número fechado.
Investimentos e Projeto Borborema
Dos US$ 188 milhões previstos na primeira etapa, ainda faltam ser aportados cerca de US$ 90 milhões nos próximos meses. O projeto Borborema é considerado um dos mais sustentáveis da companhia no mundo, que tem operações no México. A mineradora busca um desenvolvimento sustentável, não apenas em termos de produção de ouro, mas também em relação ao meio ambiente e à comunidade local.
Fonte: @ NEO FEED