Sociedade Brasileira de Imunizações divulgou orientações para imunizar vítimas de chuvas; profissionais recomendam vacinas contra doenças respiratórias em caso de aglomerações e materiais contaminados.
Na segunda-feira (13), o Ministério da Saúde enviou milhares de doses adicionais de vacinas para o Rio Grande do Sul.
É fundamental garantir a cobertura vacinal contra doenças como sarampo, caxumba e rubéola para proteger a população.
Vacinas: Importância da Imunização em Situações de Emergência
O estado do Rio Grande do Sul está lidando com enchentes históricas devido aos temporais que atingiram a maioria dos municípios gaúchos. Neste cenário desafiador, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu uma nota técnica na terça-feira (14) com diretrizes para a vacinação das vítimas das chuvas, equipes de resgate e profissionais de saúde.
Em entrevista à CNN, especialistas em infectologia destacaram a importância das vacinas para proteger as pessoas afetadas pela tragédia climática. Além disso, enfatizaram a necessidade de imunização contra doenças respiratórias, especialmente em momentos de clima mais frio, como sarampo, caxumba e rubéola.
As enchentes aumentam o risco de doenças como sarna, piolho, leptospirose, hepatites e tétano, transmitidas por materiais contaminados. As aglomerações nos abrigos de desabrigados também podem facilitar a propagação de enfermidades respiratórias, como gripe, pneumonia e covid-19.
O médico Renato Kfouri, da SBIm, ressaltou a importância de manter a imunização em dia, especialmente em situações de emergência. Ele alertou para os riscos de doenças respiratórias e destacou a necessidade de proteção contra sarampo, caxumba e rubéola.
Além disso, a hepatite A, transmitida por água contaminada, e a febre tifoide, causada pela bactéria salmonella, representam ameaças em ambientes de desastre. Por isso, a vacinação é essencial para prevenir essas enfermidades.
Para as equipes de resgate, profissionais de saúde e socorristas, as vacinas recomendadas incluem influenza, covid-19, tétano, hepatite A e B, febre tifoide e raiva. Esses profissionais estão expostos a materiais contaminados e têm maior risco de acidentes, tornando a imunização ainda mais crucial.
Rosana Richtmann, infectologista da Dasa, enfatizou a importância de proteger os profissionais que atuam na linha de frente. Ela destacou os riscos de contaminação e a necessidade de vacinação contra doenças graves, como tétano e hepatite.
Em meio às enchentes históricas, a população do Rio Grande do Sul deve priorizar a imunização contra diversas enfermidades, garantindo a proteção individual e coletiva em tempos de crise. A vacinação é uma medida fundamental para preservar a saúde e prevenir surtos de doenças em situações de emergência.
Fonte: © CNN Brasil