Homem saiu de casa por medo de ameaças em zona norte do Rio de Janeiro, condomínio de apartamentos.
As pichações com ofensas homofóbicas e de intolerância religiosa foram encontradas na porta do apartamento do escultor João Júnior, morador de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, em setembro. O caso chocante é apenas mais um exemplo da violência que alguns indivíduos exercem contra a comunidade LGBTQ+ e aqueles que não se encaixam nos padrões religiosos tradicionais.
Na porta do seu apartamento, foram encontradas mensagens com ofensas diretas, como ‘Bruxo, filho do diabo, servo de Satanás.’ João Júnior deu uma entrevista ao ‘RJTV’, da TV Globo, em 16 de setembro, para denunciar o caso. ‘Eu fui atacado por intolerância religiosa’, disse o artista. ‘Eu não sou bruxo, eu não sou servo de Satanás. Eu sou filho de Deus, filho de Deus.’ A intolerância religiosa e a homofobia são graves problemas sociais que afetam direitos humanos fundamentais. É hora de condenarmos essas ações e promovermos uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam viver sem medo de discriminação ou violência.
Intolerância religiosa: Condomínio no Rio de Janeiro é alvo de vandalismo
João, um artista que cria esculturas religiosas usadas em cultos de matriz africana e símbolos da Igreja Católica, está aterrorizado após receber ameaças de moradores de um condomínio de apartamentos no norte do Rio de Janeiro. O ataque ocorreu após João ter exposto suas obras em uma área comum, tornando sua prática religiosa visível para outros moradores.
A mensagem de ameaça foi deixada na porta de casa de João, que adquiriu o apartamento há quatro meses com o objetivo de morar sozinho. A mensagem é um exemplo de
intolerância religiosa
, que pode ter sido motivada pela visibilidade de suas obras religiosas. ‘Pegue suas imagem (sic) e suma do nosso condomínio. Ou vamos invadir e quebrar tudo. Depois, queimar em nome de Jesus. Viado dos infernos’, diz a mensagem.
João acredita que seu trabalho tenha motivado o ataque, pois suas esculturas religiosas são frequentemente transportadas do interior de sua residência até o estacionamento do prédio para entrega aos clientes, tornando sua prática religiosa visível para outros moradores. Esse incidente é um exemplo de
intolerância religiosa
, que pode ter consequências graves para as pessoas envolvidas.
O ataque teve um impacto profundo em João, que relatou ter sofrido um
intenso medo
após o incidente. Ele relatou que o medo o consumiu, limitando suas atividades diárias e alterando sua sensação de segurança no lar. ‘Aterrorizante, né? Um medo que invade e é algo que vai te consumindo com o tempo. Fiquei alguns dias dormindo até mesmo na minha irmã até minha cabeça entender o que estava realmente acontecendo’, compartilhou ele.
O condomínio, que na ocasião do vandalismo estava com as câmeras desligadas devido a uma queda de energia, está tomando medidas para fortalecer a
segurança
, incluindo a instalação de mais câmeras e a realização de campanhas de conscientização sobre a importância do respeito às garantias individuais. No entanto, João não tem certeza se continuará no imóvel. ‘Eu não consigo mais prever um futuro do quanto eu já tinha previsto e tinha me planejado, né, tinha me projetado para algo muito maior. Isso me fez me limitar. O medo me limitou de saber até onde eu posso ir. Se eu tenho que fazer uma reforma, se eu tenho que fazer algo novo, comprar móveis. Toda essa mudança que você planeja na sua cabeça da realização de um sonho se torna quase um pesadelo’, lamentou.
A
Polícia Civil do Rio de Janeiro
está investigando o caso, que foi registrado na delegacia de Madureira. Embora os suspeitos ainda não tenham sido identificados, a polícia e o condomínio estão colaborando para resolver o caso e prevenir futuros incidentes. Esse caso é um exemplo de
intolerância religiosa
e a necessidade de respeito às garantias individuais em um ambiente de condomínio.
Fonte: @ Hugo Gloss