Inquérito nacional de saúde coletará dados sobre excesso de peso, hábitos alimentares, uso de álcool e Qualidade do Sono, relacionados a Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco.
O Vigitel, um sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, está prestes a iniciar sua 18ª edição. Essa importante ferramenta de monitoramento da saúde pública foi lançada pelo Ministério da Saúde e tem sido fundamental para entender melhor os hábitos e comportamentos da população brasileira.
Nesta nova edição do Vigitel, a pesquisa foi ampliada em 2024 para incluir, pela primeira vez, perguntas sobre a qualidade do sono dos brasileiros. Esse estudo visa entender melhor como o sono afeta a saúde geral da população e como podemos melhorar a qualidade de vida das pessoas. Além disso, o Vigitel também coletará dados sobre outros fatores de risco e proteção para doenças crônicas, como alimentação, exercício físico e uso de tabaco. Com esses dados, podemos desenvolver políticas públicas mais eficazes para promover a saúde e prevenir doenças. A pesquisa também ajudará a identificar áreas de intervenção prioritárias para melhorar a saúde da população.
O Vigitel: Um Estudo Nacional sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis
O Vigitel é um estudo nacional que visa investigar a frequência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em todas as capitais do país. Para isso, serão ouvidas milhares de pessoas com mais de 18 anos por meio de ligações para telefones fixos e móveis. O objetivo é coletar dados sobre a prevalência de doenças como hipertensão, diabetes, câncer e doenças respiratórias, além de fatores de risco e proteção, como alimentação, atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
Essas informações são fundamentais para orientar políticas públicas e ações de promoção da saúde voltadas à população. O Vigitel também coleta dados sobre a qualidade do sono, que é um fator importante para a saúde geral.
A Importância da Participação da População
A participação na pesquisa é voluntária e todas as respostas são confidenciais. O sigilo das informações é garantido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Letícia Cardoso, diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), destaca a relevância da participação da população no inquérito para otimizar a coleta de dados e, por consequência, fortalecer a vigilância nacional de doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco para o país.
O Vigitel em Números
Realizado anualmente desde 2006, o Vigitel é considerado o maior inquérito de saúde do país, tanto em número de edições quanto em número de entrevistas realizadas. Em suas 17 edições, a pesquisa entrevistou 305.682 homens e 500.487 mulheres, totalizando informações de 806.169 brasileiros. Todos os anos são publicados relatórios completos com as informações coletadas na pesquisa, que permitem avaliar as prevalências dos fatores de risco e proteção relacionados às doenças crônicas não transmissíveis e características sociodemográficas como sexo, idade e anos de escolaridade.
Tendências e Resultados
A coleta de dados do Vigitel, no longo prazo, possibilitou apontar tendências como a frequência de adultos com excesso de peso, entre 2006 e 2023. Em seu primeiro ano, o estudo mostrou que 42,6% da população brasileira apresentava obesidade ou sobrepeso. Em 2023, o dado passou para 61,4% da população (aumento médio de 1 ponto percentual/ano). Esse aumento foi observado em ambos os sexos, com maior aumento entre as mulheres, variando de 38,5%, em 2006, a 59,6% em 2023 (1,20 por ano).
Fonte: @ Ministério da Saúde