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Avicii, líder onipresente do gênero dance, famoso garoto-propaganda loiro, que evoluiu a música EDM, faleceu em 2018, deixando um legado de sucesso e uma fundação para saúde mental.
A família Bergling deseja que as pessoas conheçam Tim, o jovem por trás do célebre apelido Avicii. Foto: Getty Images / BBC News Brasil. Após anos liderando vários hits de sucesso mundial e com apenas 28 anos, o DJ sueco Avicii optou por tirar a própria vida em 20 de abril de 2018, durante as férias em Omã.
Tim, também conhecido como Avicii, deixou um legado musical que continua a inspirar fãs ao redor do mundo. Sua morte prematura chocou a indústria da música eletrônica e trouxe à tona questões importantes sobre a saúde mental dos artistas. A memória de Avicii permanece viva através de sua música atemporal e impacto duradouro na cena musical global. fama
Avicii: O Legado do DJ que Revolucionou a Música Eletrônica
‘Sinto falta dele a cada minuto’, desabafa Klas Bergling, pai do DJ, durante uma videochamada sincera e profundamente pessoal. Notícias relacionadas Obsessão por colágeno: o rejuvenescimento é mesmo eficaz? O que não fazer na academia: 5 erros que atrapalham os resultados Como um copo de leite com noz-moscada à noite pode melhorar sua saúde ‘É claro que falo com ele todos os dias.Mas…’, ele faz uma pausa, ‘eu admito que às vezes fico bravo com ele. Por que você fez isso? Por que nos deixou?’Avicii, cujo nome de batismo era Tim, alcançou uma fama tão explosiva quanto os sintetizadores vibrantes em seu sucesso Levels.O sucesso de 2011, que traz uma amostra alegre de uma música de Etta James, catapultou o sueco, então com 22 anos, à fama.Nos cinco anos seguintes, à medida que a dance music evoluiu para o gênero onipresente e líder das paradas conhecido como EDM, com Levels como seu hino, Avicii se tornou seu garoto-propaganda, loiro e de maçãs do rosto salientes — segundo alguns relatos, ganhando US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) por noite em suas turnês.Mas, aos 26 anos, ele se aposentou das apresentações.Em mensagem aos fãs, ele mencionou sua saúde física e mental — sem detalhar toda a extensão de seus problemas, que envolviam ansiedade, pancreatite, dependência de álcool e de analgésicos.Apesar de um período de recuperação, produzindo música longe dos holofotes, Tim continuou lutando com demônios interiores em sua busca por respostas existenciais.Klas falando em um show em homenagem a Avicii em 2021, buscando aumentar a conscientização sobre a saúde mental Foto: Getty Images / BBC News Brasil Agora, sua família quer que as pessoas conheçam Tim longe dos holofotes, lançando um livro com fotos para homenagear seu legado.Faz parte dos esforços da família através da Fundação Tim Bergling, criada em sua memória em 2019, para abrir o debate sobre a crise de saúde mental entre os jovens.Klas, que fez a curadoria cuidadosa das fotos de Tim desde a infância até o sucesso, explica: ‘Queremos ajudar as pessoas a ver além da fama de Avicii.É também por isso batizamos seu álbum póstumo de Tim’.Refletindo sobre a profunda conexão que os fãs ainda sentem com o DJ, demonstrada pelas milhares de cartas e mensagens em homenagem ao jovem em seu site, Klas diz: ‘Tim significou muito para os jovens — sua música, suas letras e sua pessoa.”No início, não entendia o porquê, mas então um fã disse: ‘Tim era autêntico’. Eu entendi.Muitos jovens se identificam com essa autenticidade, sua honestidade e suas lutas.’Estrela millennialTim conquistou a fama de um jeito bem ‘millennial’, a sua geração: postando músicas online.Ele adotou o nome Avicii em 2008, uma referência às camadas do inferno no budismo, depois de descobrir que já havia alguém usando o seu nome na plataforma MySpace.Ele teve por um breve período um contrato com o DJ Pete Tong, da BBC Radio 1, após vencer um concurso de talentos. Mas Tim lutou contra a ansiedade desde cedo, muitas vezes tendo pensamentos
Avicii: O Legado Musical e Emocional de Tim
sobre a fama e o sucesso repentino que o cercavam. Sua jornada na indústria da música eletrônica foi marcada por altos e baixos, refletindo a complexidade de sua alma artística. Avicii, um nome que ecoa como um mantra na cena da música dance, tornou-se um ícone de uma geração que buscava conexão através de batidas pulsantes e letras profundas. Seu impacto transcendeu as fronteiras da música, mergulhando nas profundezas da busca interior e da expressão autêntica.
A ascensão meteórica de Avicii, nascido Tim Bergling, foi impulsionada por hits como ‘Levels’, que o catapultaram para o estrelato global. Sua presença nos palcos era magnética, sua música uma trilha sonora para uma geração em constante evolução. No entanto, por trás dos holofotes e dos aplausos ensurdecedores, Tim enfrentava seus próprios demônios interiores, uma batalha silenciosa que o consumia lentamente.
A decisão de se afastar dos palcos aos 26 anos chocou o mundo da música, mas revelou a coragem de um artista que priorizava sua saúde mental e emocional. Enquanto muitos viam Avicii como um líder onipresente do EDM, poucos conheciam a profundidade de sua jornada pessoal. Sua música evoluiu junto com ele, refletindo suas lutas e suas vitórias, suas dores e suas alegrias.
Agora, anos após sua partida prematura, o legado de Avicii vive através da Fundação Tim Bergling, uma luz de esperança na escuridão da saúde mental. Sua família, em uma tentativa de honrar sua memória e abrir diálogos sobre questões profundas, lança um livro que revela o Tim por trás do Avicii, o homem por trás da máscara de fama e sucesso. É um lembrete de que, por trás de cada estrela, há um ser humano em busca de significado e conexão.
Tim, o garoto-propaganda da música eletrônica, o loiro de sorriso cativante, deixou um vazio no mundo da música que jamais será preenchido. Sua autenticidade ressoa nas letras de suas canções, nas batidas de suas melodias, nas palavras de seu pai que ecoam em cada acorde. Avicii pode ter partido, mas seu espírito vive em cada nota, em cada coração que ele tocou com sua música.
Fonte: @ Terra