A física moderna é baseada em pilares incompatíveis, física quântica e teoria da relatividade geral, ambas fundamentais para a Ciência.
A revolução na física trouxe consigo uma nova forma de pensar e entender o mundo ao nosso redor, desafiando a teoria da relatividade geral, em teoria, que Einstein havia estabelecido em 1915. Com a mecânica quântica, tudo o que parecia fixo na física começou a se transformar e a se comportar de maneira imprevisível.
Albert Einstein estava alarmado com a ideia de que a mecânica quântica poderia ser a verdadeira teoria da natureza, ameaçando a teoria da relatividade geral. Ele sentia que isso significava o fim da física como ele a entendia, e que a nova física quântica poderia ser a chave para entender o comportamento dos átomos e partículas subatômicas. No entanto, a mecânica quântica trouxe consigo uma compreensão mais profunda da física e permitiu que os científicos entendessem melhor o mundo ao seu redor.
Desafios da Física
A incompatibilidade entre a física quântica e a relatividade geral é um desafio fundamental da física. Embora ambas as teorias sejam fundamentais para a compreensão do universo, elas permanecem contraditórias entre si. A física quântica é a melhor explicação do comportamento das partículas mais pequenas, enquanto a relatividade geral é a melhor descrição de tudo o que acontece em grande escala.
O Desafio da Incompatibilidade
A incompatibilidade entre as duas teorias impede que os cientistas usem a mesma matemática para explicá-las. A relatividade geral funciona perfeitamente para as galáxias e tudo o que é visível, mas muda completamente quando se analisa o comportamento de algo tão pequeno como um átomo. Isso faz com que os pesquisadores não consigam usar a mesma matemática para explicar a física quântica e a relatividade geral.
A Busca pela Teoria de Tudo
Einstein e muitos outros pesquisadores em todo o mundo procuraram criar uma teoria que unisse a física quântica e a relatividade geral. É o que muitos chamam de ‘teoria de tudo’, um nome tão atraente que virou título do premiado filme biográfico de Stephen Hawking. No entanto, até o momento, nenhuma das propostas foi capaz de resolver a incompatibilidade entre as duas teorias.
A Teoria Pós-Quântica da Gravidade Clássica
Uma nova teoria propõe uma virada radical nesta charada secular. Seu nome é menos mercadológico, mas é chamada de teoria pós-quântica da gravidade clássica e é liderada pelo físico Jonathan Oppenheim, do Instituto de Ciência e Tecnologia Quântica da Universidade College London. Trata-se de algo tão revolucionário que até mesmo alguns dos seus detratores reconhecem que essa é a primeira abordagem verdadeiramente original a surgir em pelo menos uma década.
A Quarta Força Fundamental
Um dos aspectos mais inovadores da teoria de Oppenheim é o termo ‘clássico’ em seu nome. Até agora, a abordagem predominante para resolver a incompatibilidade entre a física quântica e a relatividade geral envolve modificar o último sistema para ajustá-lo ao primeiro. É o que os físicos chamam de ‘quantização’, porque no final ela se converte numa teoria quântica. Mas quantizar a relatividade geral faz ainda mais sentido se pensarmos que é algo que os cientistas já conseguiram fazer com as outras três forças fundamentais que governam o universo: a força nuclear fraca, a força nuclear forte e a força eletromagnética.
O Problema Matemático
É um problema matemático muito difícil, contextualiza Oppenheim. É um desafio que os cientistas enfrentam há décadas, e que ainda não conseguiu encontrar uma solução. A teoria pós-quântica da gravidade clássica pode ser a chave para resolver essa incompatibilidade e criar uma teoria que unifique a física quântica e a relatividade geral.
Fonte: © G1 – Globo Mundo