Equipe técnica visita municípios para avaliar impactos da crise climática, orientar população e propor soluções em saúde e educação, além de abordar déficit hídrico e desastres em saúde pública.
O estado de Roraima, localizado no norte do Brasil, enfrenta uma situação crítica devido à seca extrema que afeta o rio Branco, o principal rio do estado. Em consequência, a saúde da população declina, e o Ministério da Saúde envia técnicos para coordenar ações de combate às doenças. É crítico que sejam implementadas políticas de manejo de recursos hídricos para garantir uma saúde física e mental adequada para todos.
As autoridades locais estão trabalhando em estreita parceria com os técnicos do Ministério da Saúde para desenvolver estratégias de bem-estar para enfrentar a crise hídrica e agravos que ela causa. A saúde mental dos moradores é particularmente vulnerável nesse contexto, e medidas devem ser tomadas para minimizar o estresse e o impacto emocional decorrentes da situação. Uma saúde resiliente é fundamentais para que a população possa lidar com a crise.
Efetuando Mudanças Climáticas em Saúde
A missão da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde etapa vital em Roraima, desbravando territórios como Alto Alegre, Boa Vista, Bonfim e Pacaraima. Pacaraima e Alto Alegre estão entre as 11 cidades do estado que viram o decreto de emergência devido à estiagem reconhecido pelo Governo Federal, afetando diretamente a saúde e bem-estar dos seus habitantes.
Implementando Estratégias de Saúde em Desastres
Com Roraima, a equipe da Sala concretiza a visita para diagnóstico e planejamento de ações em relação às mudanças climáticas. Ao longo da semana, conheceram a realidade da população para criar estratégias conjuntas para um enfrentamento mais eficaz devido aos efeitos da seca, ressaltou o ponto focal do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres, Vigidesastres, Lucas Fonseca.
Tendências em Saúde Física e Mental
No final do ano passado, Roraima entrou no Monitor de Secas em meio à forte seca que atingiu a região Norte do país. Um dos efeitos provocados pela seca é o aumento do número de focos de calor. No 1º trimestre de 2024, Roraima foi o estado com o maior percentual de focos de incêndio no país, totalizando 40%. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram pouco mais de 4 mil queimadas detectadas na região. O recorde de focos foi registrado em 2019, 4.7 mil. Quando há escassez da falta de água, a população indígena sente o impacto mais fortemente, pois depende dos rios para se locomover e da chuva para colheita dos alimentos.
Impactos na Saúde Indígena e Educação em Saúde
Roraima possui a maior concentração de indígenas em relação ao total da população estadual, cerca de 80 mil indígenas vivem no estado. Dos 37.2 mil indígenas do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Leste de Roraima, 16.5 mil foram afetados pela crise hídrica. Para a técnica da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Priscylla Alves, a presença da equipe no território tem como objetivo ‘garantir o acesso da população – que está mais distante dos centros urbanos – à saúde e entender como a crise climática agrava as iniquidades existentes para poder qualificar o serviço e aprimorar a resposta’.
Aprimorando a Resposta em Desastres
O Dsei Yanomami alerta que 346 indígenas estão voltando a ser impactados devido ao nível baixo do rio, a equipe de saúde para chegar nas aldeias começam a enfrentar percursos mais complicados, atrasando o tempo de atendimento. No começo do ano, a terra indígena também sofreu com as queimadas. Com a estiagem, a população começa a estocar água em reservatórios e o mal armazenamento pode gerar alguns problemas, como dengue e doenças diarreicas agudas. Por isso, a equipe foca na educação em saúde ensinando a forma correta para estocar e consumir água. O uso do hipoclorito de sódio é uma das medidas disponibilizadas pelos agentes de saúde para tornar a água própria para consumo.
Fonte: @ Ministério da Saúde