Em órbita desde 1995, o ERS-2, com aproximadamente 2.294 kg, está a 80 km de altitude. Aguarda-se sua reentrada na atmosfera, com a maioria dos detritos queimando.
Satélites são objetos em órbita ao redor de um corpo celeste, como a Terra. Eles são amplamente utilizados para diversas finalidades, como transmissão de dados, previsão do tempo, monitoramento ambiental e comunicação. Os satélites artificiais são construídos pelo ser humano e lançados no espaço com a ajuda de foguetes.
Além dos satélites, os veículos espaciais também desempenham um papel fundamental na exploração do universo. As naves espaciais são projetadas para transportar astronautas e cargas para o espaço, possibilitando estudos mais aprofundados do cosmos. Essas espaçonaves têm sistemas complexos que permitem a sobrevivência no ambiente hostil fora da atmosfera terrestre, tornando possível a realização de missões espaciais bem-sucedidas. A evolução das tecnologias espaciais tem impulsionado a expansão das fronteiras da exploração espacial, abrindo caminho para descobertas incríveis sobre o universo.
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Reentrada do Satélite na Atmosfera Terrestre
Prevê-se que um satélite da Agência Espacial Europeia realize sua reentrada e queime na atmosfera da Terra na manhã de quarta-feira. O escopo da Agência Espacial Europeia (ESA) de Detritos Espaciais, em colaboração com uma rede internacional de vigilância, está acompanhando e monitorando de perto o satélite de observação da Terra ERS-2, aguardando sua reentrada na Terra na manhã desta quarta-feira (21), com uma margem de erro de 15 horas. A ESA está realizando continuamente atualizações em tempo real sobre.
Imprevisibilidade da Atividade Solar
Como a reentrada do veículo espacial é ‘natural’, sem a capacidade de realizar manobras, é impossível determinar com precisão onde e quando ocorrerá sua reentrada na atmosfera terrestre, iniciando o processo de queima, conforme comunicado da agência. O momento exato da reentrada do satélite permanece incerto devido à imprevisibilidade da atividade solar, que pode influenciar a densidade da atmosfera terrestre e a forma como esta atrai o satélite.
Máximo Solar e Detritos Espaciais
Conforme o sol se aproxima do auge de seu ciclo de 11 anos, conhecido como máximo solar, a atividade solar demonstra um aumento significativo. O máximo solar está previsto para ocorrer ainda este ano. O incremento na atividade solar já impactou o processo de reentrada da nave espacial Aeolus da ESA em julho de 2023. Com uma massa estimada em 2.294 kg após a exaustão de seu combustível, o satélite ERS-2 possui um tamanho comparável a outros detritos espaciais que reentram na atmosfera terrestre semanalmente ou com maior frequência, conforme apontado pela agência.
Importância da Reentrada do Satélite ERS-2
Aproximadamente a 80 quilômetros acima da superfície terrestre, está previsto que o satélite se desintegre e a maior parte dos fragmentos queime na atmosfera. A agência indicou que alguns fragmentos poderão atingir a superfície terrestre, mas sem conter substâncias prejudiciais, sendo provável que caiam no oceano. Lançado em 21 de abril de 1995, o satélite de observação da Terra ERS-2 foi o mais avançado de seu tipo à época a ser desenvolvido e lançado na Europa.
Contribuição do Satélite ERS-2
Junto com seu congênere, o ERS-1, o satélite coletou dados valiosos sobre as calotas polares, oceanos e superfícies terrestres, além de monitorar catástrofes naturais como enchentes e terremotos em regiões remotas. Os dados obtidos pelo ERS-2 continuam sendo utilizados atualmente, conforme informado pela agência. Em 2011, a agência optou por encerrar as operações do satélite e retirá-lo da órbita, evitando assim incrementar a quantidade de lixo espacial que orbita o planeta.
Conclusão das Operações do Satélite
O satélite realizou 66 manobras de desorbitação em julho e agosto de 2011, esgotando o restante de seu combustível e reduzindo sua altitude, colocando sua órbita em uma trajetória para gradualmente se aproximar da Terra e reentrar em sua atmosfera dentro de um período de 15 anos. A probabilidade de uma pessoa ser atingida por detritos espaciais a cada ano é inferior a 1 em 100 bilhões, cerca de 1,5 milhão de vezes menor do que o risco de falecer em um acidente doméstico, conforme dados fornecidos pela agência.
Fonte: © CNN Brasil