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Alpinista americano desaparecido em 2002 na montanha mais alta. Corpo em bom estado de conservação devido ao derretimento de geleiras.
O corpo de um montanhista brasileiro que estava desaparecido há 22 anos durante uma expedição na montanha mais alta do Brasil foi finalmente encontrado, surpreendendo a todos. A descoberta ocorreu nesta segunda-feira (8), quando equipes de resgate localizaram o corpo mumificado do montanhista, que estava vestido e em excelente estado de conservação.
A comunidade local ficou chocada com a notícia do montanhista ausente por tanto tempo, e agora, com a descoberta de seu corpo, surge uma mistura de sentimentos. Apesar de ter sido dado como sumido por mais de duas décadas, a resolução desse mistério traz um certo alívio para os familiares e amigos, que finalmente podem ter algum encerramento sobre o destino do montanhista.
Alpinista Americano Desaparecido no Monte Huascarán
William Stampfl foi oficialmente declarado como desaparecido em junho de 2002, quando uma avalanche de neve o soterrou no majestoso monte Huascarán, a montanha mais alta da região de Áncash, localizada a aproximadamente 400 km de Lima. O alpinista de 59 anos sumiu em meio às adversidades naturais da montanha, sendo considerado perdido pelas equipes de resgate.
De acordo com o relatório policial, os socorristas localizaram o corpo de Stampfl a uma altitude de 5.200 metros, próximo ao acampamento base um do Huascarán, uma área conhecida por suas fendas perigosas. A descoberta só foi possível graças ao derretimento das geleiras, um efeito das mudanças climáticas que revelou o paradeiro do americano desaparecido.
Vestido com trajes de escalada, arnês e botas, Stampfl foi prontamente identificado pelos socorristas ao encontrarem seu passaporte dos Estados Unidos entre suas vestimentas. O estado de conservação do corpo, preservado desde 2002, foi surpreendente, considerando as condições de frio extremo do Huascarán, onde as temperaturas podem despencar para -19°C durante a noite.
Em um desfecho trágico semelhante, o corpo de um escalador italiano que enfrentou um acidente enquanto tentava escalar a montanha de Cashan, com 5.716 metros de altura, também foi localizado em junho. A montanha, assim como o Huascarán, guarda em suas entranhas segredos e perigos que desafiam os mais experientes alpinistas.
A saga de William Stampfl, o alpinista americano desaparecido, serve como lembrete dos riscos envolvidos na busca por conquistar os picos mais altos do mundo. Seu desaparecimento, por mais dezenove anos, lança luz sobre a fragilidade humana diante da imponência da natureza, que pode transformar um momento de aventura em uma tragédia inesperada.
Fonte: © G1 – Globo Mundo