Deterioração rápida do cenário econômico com o aumento de preços, em meio à apresentação do pacote de corte de gastos do governo, influenciada por contratos de opções e política fiscal, levando a uma diminuição de gastos e um choque negativo na dívida federal.
Desde a apresentação dos planos fiscais do governo para os próximos dois anos, observamos um aumento significativo nas chances de uma alta da Selic, que agora se tornou a principal aposta dos investidores. Com a perspectiva de uma elevação nos juros, os investidores estão ajustando suas estratégias financeiras.
Com a Selic em alta, é provável que o mercado financeiro experimente um aumento considerável nas taxas de juros. Isso pode levar a uma elevação significativa nas taxas de juros dos empréstimos, o que pode afetar negativamente o mercado imobiliário. Além disso, uma alta na Selic também pode levar a uma subida nos preços dos bens e serviços, o que pode impactar negativamente a inflação. Em resumo, uma alta na Selic pode ter consequências significativas no mercado financeiro e na economia em geral.
Velocidade de alta dos juros novamente
As informações estão na ferramenta Termômetro do Copom, do Valor Investe, com base em contratos de opções negociados na B3. O Banco Central estaria em um ciclo de altas que começou em agosto, agora com uma dose de meio ponto percentual. Uma alta de 1 ponto percentual faria com que a Selic encerrasse o ano de 2024 em 12,25% ao ano, acima dos 12% cravados pela pesquisa Focus. Este cenário é viável se considerarmos a política fiscal e a diminuição de gastos pretendidos pelo governo.
Aumento da probabilidade de alta
Nas últimas semanas, a probabilidade de uma alta de 1 ponto percentual aumentou. A chance de uma alta de 1 ponto percentual subiu de 5,5% para 31,5%, enquanto a de uma alta de 0,75 ponto percentual foi de 66,5%. Já uma alta de meio ponto percentual passou a ter apenas 6,3% de chance. A insegurança em torno dos cortes de gastos e da política fiscal faz com que os investidores tenham dificuldade em prever o que acontecerá com a Selic.
Elevação da dívida federal
O governo quer implementar um ‘choque positivo’ nas expectativas de juros, mas conseguiu o contrário, um ‘choque negativo’. Isso se deve ao fato de que os cortes de gastos pretendidos não são suficientes para estabilizar a trajetória da dívida federal. Além disso, a insegurança em torno da política fiscal faz com que os investidores tenham dificuldade em prever o que acontecerá com a Selic. Isso leva a uma elevação dos ‘prêmios’ para se financiar, que nada mais são do que juros.
Consequências da alta dos juros
A alta dos juros tem consequências para a economia. A insegurança em torno da política fiscal faz com que os investidores tenham dificuldade em prever o que acontecerá com a Selic. Isso leva a uma elevação dos juros, que aumentam a necessidade de ‘prêmios’ para se financiar. Além disso, o efeito dessa insegurança é a alta do dólar, que aumenta a procura por moeda americana para buscar opções consideradas mais seguras lá fora. Isso puxa preços para cima em reais, tornando dólares ainda mais escassos e pressionando os preços em reais a subirem.
Fonte: @ Valor Invest Globo