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Empresas têm até dia 27 para entregar laudo conclusivo sobre queda de braço financeira e impactos da pandemia.
Em meio à disputa entre a Supervia e o governo do Rio de Janeiro, os balanços da empresa que gerencia os trens urbanos no estado estão passando por uma análise minuciosa por duas firmas de consultoria financeira designadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). As contas serão examinadas detalhadamente e um parecer final será apresentado durante a audiência agendada para o dia 27 deste mês.
Além disso, a transparência nos demonstrativos financeiros é fundamental para garantir a lisura das operações da Supervia. A divulgação dos balanços e demonstrativos financeiros é essencial para manter a confiança dos investidores e da população em geral. A análise criteriosa desses documentos é crucial para a tomada de decisões estratégicas e para assegurar a sustentabilidade das finanças da concessionária de transporte ferroviário.
SuperVia: Análise das Contas e Impactos da Pandemia
A avaliação das contas da SuperVia é crucial para determinar a real situação financeira da concessionária de trens urbanos. A empresa, que entrou em recuperação judicial em 2021, alega prejuízos significativos, chegando a R$ 1,2 bilhão. Essa situação é atribuída aos impactos da pandemia de covid-19, ao congelamento de tarifas e a questões de segurança pública, como o furto de cabos.
A Gumi, consórcio japonês que controla a SuperVia, tem ameaçado devolver a concessão devido aos desafios financeiros enfrentados. Enquanto isso, a Agetransp tem aplicado multas à empresa por descumprimento de contrato, incluindo a falta de investimentos previstos.
A queda na demanda de passageiros, atrasos e problemas operacionais têm sido temas recorrentes nas discussões entre as partes envolvidas. Recentemente, a SuperVia admitiu a possibilidade de falência em um prazo de 60 dias, levando o TJRJ a exigir explicações do governador Cláudio Castro sobre planos de contingência e reestruturação contratual.
O juiz Vitor Torres, responsável pelo processo de recuperação judicial da SuperVia, determinou a análise minuciosa das contas da concessionária. Ele enfatizou a importância de uma avaliação contábil-financeira detalhada para embasar futuras decisões.
As empresas de consultoria, Tostes Consultoria e Alternativa Soluções e Projetos Financeiros, foram designadas como observadores especializados nesse processo. Elas têm a tarefa de confirmar a insolvência da SuperVia, apontar necessidades de recursos e projetar déficits de caixa para os próximos 24 meses.
Essa abordagem, com a participação ativa das empresas de consultoria, reflete uma prática cada vez mais comum em casos de recuperação judicial no Brasil. Os observadores especializados desempenham um papel crucial na análise imparcial das contas e na busca por soluções viáveis para a empresa em dificuldades financeiras.
Fonte: @ Agencia Brasil