Exame de segunda fase teve 12 questões discursivas de linguagens, incluindo saúde pública, tecnologias educacionais e comportamentos naturais, além de língua inglesa e matemática.
Em um contexto onde a medicalização da vida está cada vez mais presente, é imperativo questionar a quem ela interessa. A medicalização tem se tornado uma realidade cotidiana, permeando todos os aspectos da vida, e não se limita apenas à saúde ou à doença. A indústria farmacêutica, por exemplo, tem papel fundamental nesse processo, desenvolvendo medicações cada vez mais sofisticadas e apropriadas para diversas condições, mas também tem o poder de influenciar o diagnóstico e o tratamento de doenças.
Medicalização em Processo de Aprendizagem
O tema medicalização facilitou o desenvolvimento do texto, na avaliação da candidata Beatriz Lima Cadmo, 18 anos, estudante da Escola Estadual Cecília Meireles, de São Carlos. Sua argumentação seguiu os textos e charge de apoio da Vunesp, destacando como comportamentos naturais de crianças, como o choro ou o brincar, podem ser usados como justificativa para diagnósticos equivocados e uma medicação desnecessária a fim de defender os interesses da indústria farmacêutica.
Desafios no Vestibular
‘Não estou acostumada com esse formato de prova, estava nervosa, mas consegui desenvolver bem o tema’, avaliou Beatriz. A segunda fase do Vestibular 2025 da Universidade Estadual Paulista (Unesp) é aplicada em dois dias, com 64.834 inscritos no vestibular. A prova de linguagens é considerada fácil pelos candidatos que prestaram a prova em Araraquara (SP), mas os estudantes de escola pública de Nova Europa (SP) revelam uma realidade difícil para a preparação do vestibular, com falta de professor qualificado e muita aula vaga.
Tecnologias e Educação
O segundo dia de prova foi considerado fácil pelos candidatos que prestaram a prova em Araraquara (SP). Entre eles Lívia Garibaldi, 18 anos, que tenta uma vaga de zootecnia, e Guilherme Mendes, 18, que tenta uma vaga de direito. ‘Bem mais fácil do que ontem, com exatas e química’, disse ele. A pressão e a falta de recursos para se preparar afetam o desempenho dos estudantes de escola pública, como Maria Cláudia Trenton, 17 anos, Ana Júlia Bacana, 20, e Mariana Alexandres, 19, que prestam Letras e Pedagogia na Unesp de Araraquara.
Comportamentos e Diagnósticos
A medicalização em processos de aprendizagem pode levar a diagnósticos equivocados e medicação desnecessária, defendendo os interesses da indústria farmacêutica. A falta de recursos e pressão para se preparar para o vestibular afetam o desempenho dos estudantes de escola pública. A medicação pode ser usada de forma inadequada, levando a efeitos colaterais e dependência. A indústria farmacêutica pode influenciar a forma como os diagnósticos são feitos e a medicação é prescrita.
Fonte: © G1 – Globo Mundo