Justiça investiga possível fraude em acordo de diferimento de acusação da fabricante com governo, com base na lei federal sobre vítimas e auditoria nos processos de fabricação.
A Boeing é uma renomada empresa do setor aeroespacial, conhecida mundialmente por fabricar aeronaves de alta qualidade. Com sede nos Estados Unidos, a empresa possui uma vasta gama de produtos, desde aviões comerciais até satélites e sistemas de defesa.
A empresa aérea Boeing tem sido pioneira em tecnologias inovadoras que tem revolucionado a indústria da aviação. Com décadas de experiência no mercado, a Boeing continua sendo uma referência de excelência e confiabilidade no transporte aéreo. A cada novo lançamento, a empresa reafirma sua posição como uma das líderes do setor aéreo.
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Boeing enfrenta investigação federal sobre explosão do plugue da porta do 737 Max
A Boeing enfrenta mais uma investigação federal sobre a explosão do plugue da porta do 737 Max, desta vez pelo Departamento de Justiça, numa investigação que pode expô-la a responsabilidade criminal. A justiça está analisando se as falhas encontradas após a explosão da porta de um voo do 737 Max no mês passado violam um acordo de diferimento de acusação que a Boeing assinou com o governo há três anos, após dois acidentes fatais do Max, de acordo com uma pessoa familiarizada com a investigação. Os promotores estão analisando se os últimos problemas na Boeing estão cobertos pelo acordo anterior, segundo o qual a fabricante pagou US$ 2,5 bilhões para resolver as acusações sobre uma suposta fraude a Administração Federal de Aviação (FAA) durante o processo inicial de certificação do 737 Max. A investigação foi relatada pela primeira vez pelo The New York Times e pela Bloomberg.
Investigação da Boeing se soma a longa lista de processos legais
A investigação relatada se soma a uma longa lista de investigações contra a Boeing depois que a porta de um avião Alaska Airlines explodiu durante o voo no dia 5 de janeiro. Ninguém ficou gravemente ferido. A revisão da Justiça pode expor a Boeing a responsabilidades criminais mais amplas se as autoridades decidirem que a empresa violou um acordo legal que expiraria em 7 de janeiro, dois dias após o incidente com o plugue da porta.
Famílias das vítimas dos acidentes do 737 Max tentaram anular acordo
Não ficou claro qual parte do acordo a Boeing pode ter violado. A empresa disse que não tinha comentários sobre os relatórios da investigação da Justiça. Famílias de passageiros que morreram nos acidentes do 737 Max em 2018 e 2019 – os acidentes que levaram ao acordo de adiamento da acusação – tentaram anular o acordo, dizendo que uma lei federal sobre vítimas deveria ter lhes dado suporte. Nos dias seguintes ao incidente com o plugue da porta do voo 1282 da Alaska Airlines, um advogado das famílias pediu ao Departamento de Justiça que analisasse se a Boeing violou o acordo. O acordo custou US$ 2,5 bilhões em 2021, mas a maior parte desse dinheiro – US$ 1,77 bilhões – foi para compensar as companhias aéreas clientes da empresa, dinheiro que ela já tinha concordado em pagar pelos 20 meses de imobilização dos jatos após os acidentes. Também incluiu uma multa criminal de US$ 243,6 milhões e US$ 500 milhões para financiar uma indenização aos familiares das vítimas do acidente.
Agência reguladora realiza auditoria nos processos de fabricação da Boeing
A Boeing está sujeita a várias outras investigações decorrentes do incidente com o plugue da porta. A FAA informou no mês passado à Boeing que está investigando se a empresa não conseguiu garantir que seus aviões ‘estão em conformidade com o projeto aprovado’ e em conformidade com os regulamentos de segurança da FAA. A agência também está concluindo uma auditoria nos processos de fabricação da Boeing e uma pesquisa com os funcionários da Boeing. Na quarta-feira (28), a agência deu 90 dias para produzir um plano para corrigir sérios problemas de qualidade e segurança.
NTSB investiga incidente do plugue da porta na Boeing
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) continua investigando o incidente do plugue da porta e relatou recentemente que os parafusos críticos que mantêm o tampão da porta no lugar não foram instalados na fábrica da Boeing. O NTSB não atribuiu a culpa pelo incidente à Alaska Air. Enquanto isso, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, disse a investidores em janeiro que a Boeing é responsável pelo incidente.
Fonte: © CNN Brasil