Ações da região recuam com alta de juros bancários e queda no consumo e de petróleo.
A queda nas bolsas europeias foi marcada por uma retração generalizada, com o índice bolsas da Europa despenca em mais de 1,5% no dia 21 de novembro. A principal causa da queda foi a resposta negativa das bolsas americanas às pesquisas que sugeriam maior chance de vitória do partido republicano nas eleições presidenciais.
A diminuição na confiança dos investidores foi intensificada pelas medidas mornas vindas da China, colocando um freio nas perspectivas de crescimento da economia global. Como consequência, os investidores optaram por recuo e declínio nas suas aplicações, aumentando a vulnerabilidade das bolsas europeias a uma possível queda ainda maior.
Declínio financeiro na Europa
O cenário financeiro europeu apresentou uma recuo significativa, com os principais índices de ações da região experimentando uma diminuição considerável. O Stoxx 600, que reúne ações da região, registrou uma queda de 0,67% em relação ao fechamento, alcançando 521,48 pontos. Além disso, o FTSE 100 de Londres recuou 0,42% a 8.323,28, enquanto o Dax de Frankfurt perdeu 1,02%. O CAC 40 de Paris também experimentou uma queda de 1,05%. Essas tendências de queda refletem a instabilidade no mercado, especialmente após o anúncio do corte nos juros bancários chineses.
Reações ao corte de juros na China
O banco central chinês (PBoC) anunciou uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros bancários de 1 e 5 anos, passando a 3,10% e 3,60%, respectivamente. Essa medida foi mais drástica do que o esperado e gerou animação entre os investidores em petróleo e minerais, que esperam que a redução nos juros aumente a demanda chinesa, levando a uma potencial elevação no consumo. No entanto, a reação do mercado foi de declínio, o que sugere que a expectativa de estímulo nas compras de imóveis, graças à redução nos juros, não foi suficiente para contrabalançar as preocupações com a economia.
Ações de petróleo e empresas de luxo
A alta do petróleo teve um impacto positivo nas ações de empresas como a BP, que fechou em alta de 1,31%, e a Shell, que subiu 0,52%. A Eni também registrou uma ganância de 1,09%. Por outro lado, empresas de luxo, que poderiam se beneficiar do corte de juros chineses, experimentaram uma queda firme, com perdas entre 2% a 2,5% no dia. Essa reação pode ser atribuída à expectativa de tarifas maiores para a Europa, que poderá prejudicar as empresas europeias com forte volume de exportação para os EUA, especialmente diante das pesquisas que indicam maior chances de uma vitória republicana.
Pesquisas eleitorais e impacto na economia
As pesquisas eleitorais que apontam maior chances de uma vitória republicana também pesaram na reação do mercado, especialmente considerando as propostas de tarifas maiores para a Europa. Essa medida poderá prejudicar as empresas europeias que exportam para os EUA, o que reflete a volatilidade do ambiente econômico. A combinação dessas forças contribuiu para o declínio financeiro na Europa, com as ações de empresas de luxo e de setores afetados pela alta do petróleo e pelo impacto das pesquisas eleitorais apresentando uma queda significativa.
Fonte: @ Valor Invest Globo