Advogada de casal homoafetivo preso injustamente com bagagem de droga acredita em decisão favorável sem recurso do Ministério Público.
As mulheres brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, detidas na Alemanha por engano ao terem suas malas trocadas por bagagem com droga, receberão uma indenização do estado europeu. A confirmação foi feita hoje pela manhã pela advogada das brasileiras, Chayane Kuss de Souza.
A situação das brasileiras presas na Alemanha chamou a atenção da mídia internacional, que destacou a injustiça sofrida por elas. A atuação rápida e eficaz da advogada Chayane Kuss de Souza conseguiu reverter o equívoco e garantir a liberdade das mulheres brasileiras detidas na Alemanha.
Brasileiras presas na Alemanha: um caso marcante de injustiça
‘Existe uma decisão que determinou que o estado alemão tem o dever de indenizar a Jeanne e a Kátyna pelos danos e por todos os prejuízos ocorridos no tempo em que ficaram presas e em decorrência da prisão injusta‘, explica a advogada.
A advogada ainda explicou que a decisão é da semana passada e deve transitar em julgado nesta quinta-feira (7).
Ela ainda acredita que não haverá nenhum tipo de recurso por parte do Ministério Público, já que o próprio pediu a absolvição delas e entende que a prisão foi injusta.
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‘Nós estamos muito confiantes e felizes.
É um passo muito importante. É o primeiro passo e o segundo passo é comprovar todos os atos e as omissões que geraram danos e qual será o valor que será indenizado para elas’, afirma Chayane.
Possível troca de etiquetas
Kátyna diz que a sua defesa acredita que as etiquetas das malas foram trocadas no Aeroporto de Guarulhos.
Isso porque, assim que saíram de lá haviam recebido um comprovante que registrava todos os trechos por onde passariam: Goiânia, seguido de Guarulhos, depois Frankfurt e, por fim, Berlim.Porém, quando foram abordadas pela polícia na fila de embarque de Frankfurt, a etiqueta que constava nas bagagens com cocaína não possuía o registro do trecho de Goiânia.
‘Lá no Aeroporto de Frankfurt, quando nós já tínhamos uma intérprete, eu falei sobre isso com a polícia. Mostrei as etiquetas verdadeiras, e falei ‘olha, essas malas não são nossas, elas não saíram do mesmo destino’. E até pedimos o teste de DNA porque nunca havíamos tocado naquelas malas.
Mas, o fato de sermos mulheres e ainda mais um casal homoafetivo, fez com que a polícia não desse a mínima atenção, mesmo com essas provas’, contou Kátyna em entrevista ao Encontro, na TV Globo.
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Este é um caso comovente de brasileiras presas na Alemanha, que chama a atenção para a necessidade de justiça. A advogada responsável pelo caso explicou que há uma decisão que determina que o estado alemão deve indenizar Jeanne e Kátyna pelos danos e prejuízos decorrentes da prisão injusta. Segundo ela, a decisão recente deve ser definitiva em breve, o que traz esperança para as duas mulheres brasileiras detidas na Alemanha.
A advogada acredita que não haverá recursos por parte do Ministério Público, pois este pediu a absolvição das detidas, reconhecendo a injustiça da situação. Esse é um passo importante rumo à reparação dos danos causados pela prisão indevida. No entanto, é fundamental comprovar os atos e omissões que levaram a esse desfecho e determinar o valor da indenização a ser paga às brasileiras injustamente presas na Alemanha.
Uma das questões levantadas pelas detidas é a possível troca de etiquetas das malas no Aeroporto de Guarulhos. Quando saíram de lá, receberam um comprovante com todos os trechos de sua viagem, que incluíam Goiânia, Guarulhos, Frankfurt e Berlim. No entanto, ao serem abordadas pela polícia em Frankfurt, a etiqueta das malas com drogas não tinha o registro do trecho de Goiânia, o que levanta suspeitas sobre a origem do problema.
Kátyna, uma das mulheres presas, relata que tentou explicar a situação à polícia em Frankfurt, mostrando as etiquetas verdadeiras e solicitando um teste de DNA para comprovar a inocência delas. No entanto, a condição de mulheres e do casal homoafetivo parece ter influenciado a abordagem policial, que não deu a devida atenção às evidências apresentadas.
Esse caso traz à tona questões importantes sobre justiça, preconceito e o papel das autoridades em situações delicadas como essa. A luta de Jeanne e Kátyna por justiça destaca a importância de garantir os direitos das pessoas, independentemente de sua origem ou identidade. Esperamos que esse desfecho injusto seja corrigido e que as brasileiras detidas na Alemanha encontrem a reparação que merecem.
Fonte: © G1 – Globo Mundo