Philippa Perry discute parentalidade, saúde mental e o poder das conexões humanas no Brasil.
A chegada da psicoterapeuta e escritora Philippa Perry ao Brasil entre os dias 23 e 29 de novembro marcará a abertura de uma série de eventos que abordarão temas como relacionamentos e mensagens que podem ser facilmente transmitidas de geração em geração, afetando profundamente a forma como abordamos conexões humanas.
Ao discutir saúde mental e sua relação com parentalidade, Philippa Perry destaca a importância de reconhecer como os relacionamentos que compartilhamos podem impactar nossa própria saúde mental e a dos filhos. Segundo ela, é crucial reconhecer que o relacionamento entre pais e filhos pode influenciar negativamente a saúde mental delas. Além disso, a conexão é fundamental para o crescimento emocional e o desenvolvimento saudável do filho, permitindo que ele se sinta seguro e amado.
## Revelando a Verdade sobre Conexões Humanas: Uma Visão Profunda sobre Relacionamentos Saúde e Conexão
### O Livro que Você Queria Ler antes de Conhecer todos os Que Você Ama
Conhecida por sua abordagem acessível e direta, Philippa é autora de best-sellers como O Livro que Você Queria que Seus Pais Tivessem Lido e, recentemente, O Livro que Você Queria que Todas as Pessoas que Você Ama Lessem, lançado no Brasil pela Companhia das Letras. Além de suas obras literárias, ela é conhecida por seu trabalho como colunista no jornal The Observer, oferecendo aconselhamento sobre relacionamentos e saúde mental, e por programas de rádio e TV na BBC.
### A Aula que Você Queria que Seus Pais Tivessem Assistido: Uma Reflexão Sobre Relacionamentos Humanos
Philippa desembarca no país para ministrar a aula ‘A palestra que você gostaria que seus pais tivessem assistido e seus filhos ficarão felizes que você assistiu’ em 28 de novembro no Teatro Santander. A explanação faz parte da 6ª edição do G.A.T.E. Academy, evento sobre educação internacional organizado pela agência de intercâmbios STB em parceria com o JK Iguatemi e a The School of Life.
### Autenticidade e Vulnerabilidade nas Relações Humanas: Uma Visão Profunda
Antes disso, ela participa do encontro hsm+. Em entrevista exclusiva a VEJA, a escritora compartilhou suas reflexões sobre o papel da autenticidade e da vulnerabilidade nas relações humanas, abordando a importância do autocuidado e de uma comunicação mais aberta e genuína. Sua visão se alinha à necessidade crescente de criar laços mais profundos e significativos em um mundo cada vez mais digital e fragmentado.
### O Papel da Autenticidade e da Vulnerabilidade nas Relações Humanas
Para começar, gostaria de entender a motivação por trás do seu livro, que tem um título provocativo. O que a inspirou a escrevê-lo e quais são os principais ensinamentos que você espera que os leitores absorvam?
### Relacionamentos e Conexões Humanas: O Papel da Autenticidade
O livro fala sobre os relacionamentos humanos. Como terapeuta, percebi que, em 99% das vezes, os problemas que trazem as pessoas à terapia estão relacionados a como elas se conectam com os outros e consigo mesmas. Quando alguém me procurava com qualquer tipo de problema, quase sempre havia uma relação com experiências passadas ou com a forma como se relacionavam consigo ou com os outros. Então, decidi escrever sobre relacionamentos para ajudar a entender melhor como os criamos e porque os criamos.
### A Importância da Autenticidade e da Vulnerabilidade nas Relações
Dividi o livro em várias partes, explorando temas como conexão, discussão, mudança e contentamento, porque acredito que esses elementos são centrais para nossos relacionamentos. Falo sobre como nos conectamos e por que isso é importante, como lidamos com conflitos e aprendemos a argumentar, e como encontrar contentamento na vida – algo que, para mim, está sempre enraizado na qualidade dos nossos relacionamentos.
### Responsabilidade Pessoal e Conflitos
Eu enfatizo no livro que cada pessoa é responsável pela forma como se relaciona com os outros e que apenas nós mesmos podemos mudar esses comportamentos. Como essa responsabilidade pessoal pode se manifestar em situações de conflito real? Penso que a responsabilidade pessoal começa com a decisão de sermos quem realmente somos, sem máscaras ou papéis predefinidos. Quando nos mantemos autênticos, aceitamos nossas próprias limitações e falhas, o que facilita entender o lado do outro também.
Fonte: @ Veja Abril