Organismo se adapta lentamente a exército de estômago vazio, evite períodos superiores a 8h. Adaptação biológica: fontes de energia diversas, gordura corporal e reserva muscular utilizadas como combustível.
Praticar correr em jejum pode não ser uma novidade, apesar de que as abordagens de dieta como o jejum intermitente tenham se popularizado nos últimos tempos.
Alguns atletas preferem correr em jejum para maximizar a queima de gordura, já que durante o jejum intermitente o corpo pode recorrer às reservas de gordura como fonte de energia primária.
Desvendando os Benefícios de Correr em Jejum
O ser humano passou por uma longa adaptação biológica ao realizar atividades em jejum, o que remonta aos tempos de caça milenares. Essa adaptação permitiu que nosso corpo fosse capaz de realizar diversas tarefas, como correr, sem a necessidade imediata de ingestão de alimentos.
Muitos atletas de elite, incluindo corredores de longa distância, adotam a prática do jejum intermitente antes das suas corridas, confiando na capacidade do corpo de utilizar suas reservas de energia de forma eficiente. Porém, na sociedade atual, repleta de alimentos processados e de fácil acesso, o organismo muitas vezes se vê sobrecarregado com o constante estímulo alimentar.
Correr em jejum, apropriado e com adaptação, pode trazer benefícios significativos para muitas pessoas. Mas é crucial ressaltar a importância da cautela e da adaptação progressiva para garantir que essa prática seja saudável e segura.
A Energia por Trás da Corrida em Jejum
Ao praticar corrida em jejum, o corpo recorre a diferentes fontes de energia para sustentar o esforço físico. É fundamental compreender que o jejum implica em um período superior a 8h sem ingestão calórica, permitindo que o corpo utilize suas reservas, como a gordura corporal e muscular, como fonte de combustível.
Segundo a nutróloga Liliane Oppermann, o corpo possui várias fontes de energia disponíveis para a prática esportiva, incluindo a glicose sanguínea, glicogênio muscular e tecido adiposo. É essencial garantir uma refeição balanceada antes do jejum, rica em gorduras, proteínas e carboidratos, para fornecer o suporte necessário durante o exercício.
O Corpo em Ação durante a Corrida em Jejum
Estudos demonstram que o corpo pode se adaptar de maneira positiva ao exercício em jejum, favorecendo a utilização da gordura corporal como fonte primária de energia. Pesquisas da Nottingham Trent University apontam um aumento significativo na quantidade de gordura queimada durante o exercício em jejum, evidenciando a eficácia desse método.
Além disso, a prática regular de corrida em jejum pode estimular adaptações fisiológicas que contribuem para a preservação da massa muscular. O aumento do hormônio do crescimento e a eficiência na utilização das reservas musculares como combustível são apenas alguns dos benefícios observados com essa prática.
Ao se adaptar adequadamente ao exercício em jejum, o corpo pode alcançar uma série de benefícios, como a melhoria na utilização de gordura durante o exercício, preservação do glicogênio muscular, maior sensibilidade à insulina e estímulo à autofagia, promovendo a saúde celular e a longevidade. Correr em jejum pode ser mais do que uma prática física, pode ser uma experiência envolvente e recompensadora para o corpo e a mente.
Fonte: @ Minha Vida