IPCA de agosto no Brasil indica que o Banco Central pode não precisar de tantas altas na taxa Selic, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor pode influenciar a mesa de câmbio.
O dólar teve um desempenho notável na sessão desta terça-feira (10), impulsionado pela mudança nas expectativas em relação aos aumentos da taxa Selic, que foram influenciadas por dados de inflação mais fracos do que o previsto. Essa mudança de expectativa fez com que a moeda americana subisse firme e registrasse uma alta de 1,31% no final dos negócios.
A cotação do dólar atingiu R$ 5,654, enquanto nas máximas da sessão, alcançou o valor de R$ 5,671. A variação do dólar em relação ao real reflete a dinâmica do mercado financeiro, onde a moeda americana é uma referência importante. A moeda americana é amplamente utilizada em transações internacionais e sua flutuação pode afetar a economia de muitos países, incluindo o Brasil. A estabilidade da moeda é fundamental para o comércio internacional.
Variação do Dólar no Mercado Internacional
O dólar americano permaneceu estável em relação às principais moedas pares. Anteriormente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo Banco Central como referência para definir a taxa de juros no país, apresentou uma redução de 0,02% em agosto. Essa foi a primeira vez em 14 meses que o Brasil experimentou uma deflação. O indicador mostrou uma desaceleração significativa em comparação com julho, quando a inflação havia aumentado 0,38%.
Com a inflação apresentando uma tendência de queda, o Banco Central pode não precisar realizar tantas altas de juros como anteriormente previsto, segundo Alexandre Viotto, diretor de mesa de câmbio da EQI Investimentos. Isso pode levar a uma redução do diferencial de juros entre a economia americana e o país, o que pode tornar o dólar mais forte em relação ao real. Além disso, a taxa de juros mais baixa pode afetar a taxa de câmbio, tornando o dólar mais atraente em relação à moeda nacional.
Impacto da Inflação no Mercado de Câmbio
A redução da inflação no Brasil pode ter um impacto significativo no mercado de câmbio, especialmente em relação ao dólar. Com a inflação em queda, o Banco Central pode não precisar aumentar a taxa de juros, o que pode reduzir o diferencial de juros entre a economia americana e o país. Isso pode levar a uma redução da demanda por dólar e, consequentemente, uma desvalorização da moeda americana em relação ao real. No entanto, é importante notar que a taxa de juros mais baixa também pode afetar a economia nacional, tornando o dólar mais atraente em relação à moeda local.
Fonte: @ Valor Invest Globo