Protesto ocorre após anúncio de corte de gastos, que prevê economizar R$ 70 bilhões em dois anos, concomitantemente à proposta de não cobrar IR para quem recebe renda mensal superior a R$ 5 mil.
O valor do dólar se apresentou em alta nos negócios de quinta-feira (28), registrando uma variação significativa após o anúncio de cortes de gastos do governo federal, destacando a influência da política econômica na moeda.
Com o detalhamento do plano de corte de despesas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o dólar encerrou a sessão em alta firme, renovando seu recorde nominal histórico para R$ 5,91. Em uma evolução significativa, a moeda americana alcançou uma alta de 1,30% em relação ao final dos negócios, chegando a R$ 5,989. Alcançando seu valor máximo durante a sessão, o dólar chegou a R$ 6, refletindo a confiança do mercado nas ações do governo para controlar as despesas públicas.
Medidas para Controle de Gastos
O ministro do Orçamento, Paulo Haddad, apresentou uma série de medidas para controlar os gastos do governo, com o objetivo de economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. A mudança no reajuste do salário mínimo, limitado a 2,5% reais por ano, é uma das principais medidas. Além disso, o abono salarial será limitado a pessoas que ganham até R$ 2.640, e as pensões dos militares serão reavaliadas.
O governo também pretende combater fraudes em benefícios sociais, limitar super salários no serviço público e reduzir as emendas parlamentares. Essas medidas devem gerar um impacto de R$ 35 bilhões, segundo Haddad. O ministro também anunciou o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas, que passará de R$ 2.824 para R$ 5 mil. Isso significa que quem ganha até R$ 5 mil por mês não precisará pagar Imposto de Renda a partir de 2026.
Aumento da Faixa de Isenção do IR
O aumento da faixa de isenção do IR é uma das principais medidas do governo para controlar os gastos. Além disso, quem ganha até R$ 7.500 também vai pagar um pouco menos, afirmou Haddad. Esse aumento deve gerar um impacto de R$ 35 bilhões, segundo o ministro.
Isenção do IR: Um Impacto Fiscal Permanente
Embora a proposta anunciada na noite de ontem preveja economia, a renúncia tributária anunciada, referente à isenção de imposto de renda, pode resultar em um impacto fiscal permanente superior a R$ 50 bilhões por ano, aponta Marx Gonçalves, analista da Nord. O Ministério da Fazenda espera compensar essa renúncia com a tributação dos ‘super-ricos’, o que é ‘legítimo’, na visão de Gonçalves.
O dólar disparou e encerrou o dia a R$ 5.91, com uma alta de 1,81%. Isso ocorreu, segundo Gonçalves, porque a proposta de isenção do IR pode resultar em um impacto fiscal permanente superior a R$ 50 bilhões por ano.
O dólar, uma divisa americana, ultrapassou sua máxima histórica nominal, que havia sido atingida em 13 de maio de 2020, na eclosão da pandemia da covid-19. A máxima nominal histórica desconsidera a atualização pela inflação.
A mudança na política fiscal pode afetar diretamente o dólar e a economia do país. A renúncia tributária anunciada pode levar a uma diminuição da arrecadação do governo, o que pode afetar a política fiscal do país.
A combinação de medidas para controlar os gastos e a isenção do IR pode levar a um impacto fiscal permanente superior a R$ 50 bilhões por ano. Isso pode afetar a política fiscal do país e o dólar.
O dólar, uma divisa americana, ultrapassou sua máxima histórica nominal, que havia sido atingida em 13 de maio de 2020, na eclosão da pandemia da covid-19. A máxima nominal histórica desconsidera a atualização pela inflação.
Fonte: @ Valor Invest Globo