Documentos foram divulgados como parte da resposta da OpenAI a processo federal e revelam exigências de controle, incluindo benefício para a humanidade.
Os novos documentos revelam que Elon Musk, cofundador da OpenAI, estava em busca de um controle majoritário na empresa em 2017. A exigência foi feita como parte de um acordo que permitiria a Musk permanecer como CEO da OpenAI. No entanto, o acordo foi rejeitado e Musk acabou se desligando do conselho da empresa em 2018.
Os e-mails e mensagens de texto divulgados pela OpenAI mostram que Musk estava determinado a ter o poder de tomar decisões importantes na empresa. A OpenAI, fundada como uma organização sem fins lucrativos, havia se tornado uma empresa com fins lucrativos, o que levou a uma disputa entre os cofundadores sobre o mando da empresa. O processo judicial movido por Musk alega que ele foi enganado pelas ações da OpenAI e buscou autoridade legal para proteger seus interesses.
Controle de Fronteiras: A Batalha por Domínio
A tensão entre a OpenAI e o bilionário Elon Musk não é uma novidade; ao contrário, é uma questão de longa data, remontando a 2017, quando a OpenAI foi fundada. A empresa, inicialmente projetada para ser um esforço coletivo para o benefício global, enfrentou pressões para transformar-se em uma empresa com fins lucrativos para competir com gigantes como a Google e rivais chineses. A busca por novos modelos de negócios levou a discussões internas, incluindo a possibilidade de fusão com startups de hardware.
Um Passo em Frente: A Vitoria no ‘Dota 2’ e as Consequências
Em agosto de 2017, um avanço tecnológico chamou a atenção: um sistema de inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI venceu jogadores profissionais do jogo ‘Dota 2’. Nessa mesma noite, Musk enviou um e-mail aos cofundadores e à executiva Shivon Zilis, declarando: ‘Hora de dar o próximo passo para a OpenAI. Este é o evento desencadeador.’ Posteriormente, Musk exigiu entre 50% e 60% do capital da empresa, controle majoritário do conselho e o cargo de CEO. As condições foram confirmadas em mensagens de texto trocadas entre Greg Brockman, cofundador da OpenAI, e Zilis.
Revelando a Luta pelo Poder
Em e-mail enviado em setembro de 2017, Musk reconheceu suas demandas, mas afirmou que o controle seria temporário: ‘Eu teria, sem dúvida, o controle inicial da empresa, mas isso mudará rapidamente.’ Ele também detalhou um plano para alocar assentos no conselho que lhe garantiriam poder de nomear mais diretores do que qualquer outro membro. As negociações de 2017 não prosperaram, e, no ano seguinte, Musk propôs integrar a OpenAI à Tesla, sua montadora de veículos elétricos. A ideia foi rejeitada pelos cofundadores e Musk renunciou ao conselho em 2018.
Desafios Internos e Externos
Desde então, a OpenAI tem enfrentado desafios internos e externos. Em outubro, a organização levantou US$ 6,6 bilhões em novos investimentos, avaliando a empresa em US$ 157 bilhões. No entanto, mudanças estruturais e a saída de executivos importantes, como a CTO Mira Murati, indicam que a transição para um modelo mais tradicional de negócios ainda não foi plenamente consolidada. A disputa judicial entre Musk e a OpenAI, que incluiu a Microsoft em novembro, acusando o principal investidor da OpenAI, continua.
Fonte: @Olhar Digital