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Economista-chefe do Citigroup prevê Selic alta no Brasil, cortes de juros nos EUA em 2024 e incerteza na Argentina.
O economista-chefe para a América Latina do Citigroup, o mexicano Ernesto Revilla, tem o desafio de analisar e compreender as diferentes realidades econômicas da região. Desde um Brasil com inflação controlada até uma Argentina enfrentando desafios com a hiperinflação, Revilla precisa estar atento a todos esses cenários para fornecer análises precisas e orientações estratégicas.
Como especialista em economia latino-americana, Ernesto Revilla é um líder de opinião respeitado no setor financeiro. Sua visão econômica abrangente e sua habilidade analítica o destacam como um dos principais analistas da região, trazendo insights valiosos para investidores e tomadores de decisão. Em sua posição como diretor do Citigroup, ele desempenha um papel crucial na interpretação dos movimentos do mercado e na antecipação de tendências futuras. economia brasileira
Entrevista com o Economista-Chefe Revilla sobre a Economia Brasileira
Revilla, especialista em economia, líder analista econômico, destaca a importância de acompanhar o impacto dos juros nos Estados Unidos na região. Em entrevista ao NeoFeed, Revilla demonstra equilíbrio ao analisar cenários dispares. Sua moderação ao comentar a turbulência política e econômica recente no Brasil é surpreendente. Ele elogiou a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 10,5% e não acredita que um impulso fiscal do governo altere a previsão do banco de crescimento do PIB do Brasil para 2024 e 2025.
Revilla, diretor econômico, enfatiza que estamos nos aproximando de um longo período de manutenção da Selic sem alteração, apesar das pressões nos dois sentidos. Ele destaca que uma taxa Selic de 10,5% ao ano é consistente com uma inflação que está na meta no horizonte da política monetária. Além disso, prevê uma recuperação do real em relação à moeda americana, fechando 2024 cotado a R$ 5,16 por dólar e, no fim de 2025, a R$ 5,07 – bem abaixo da cotação atual (R$ 5,39).
A oscilação da moeda, segundo Revilla, foi determinada, em parte, pela reação ‘exagerada’ do mercado a notícias ruins. Ele otimisticamente prevê a queda dos juros pelo Federal Reserve, o BC dos EUA. Diferentemente dos economistas americanos, o Citi trabalha com três cortes de 0,25 ponto percentual nos juros até dezembro, seguidos de mais oito cortes em 2025.
Revilla, líder analista, compartilha suas perspectivas antes de desembarcar em São Paulo para participar da 16ª edição da Equity Conference do Citi Brasil. Ele destaca a importância da análise global e o impacto das decisões locais na economia mundial.
Quais as perspectivas do Citi para a taxa Selic no Brasil? Foram alteradas depois que o Banco Central manteve a Selic em 10,5%? Revilla responde que foi uma decisão esperada e responsável do BC. A manutenção da Selic sem mudança foi unânime, mostrando que a decisão foi técnica e o mercado concorda.
Para o Citi, manter a taxa Selic no patamar atual é suficiente para prever uma inflação dentro da meta de 3% para 2025. Revilla acredita que estamos nos aproximando de um longo período de manutenção da Selic sem alteração, apesar das pressões nos dois sentidos. Ele destaca que uma taxa Selic de 10,5% ao ano é consistente com uma inflação que está na meta no horizonte da política monetária.
Revilla, economista-chefe, destaca que os riscos permanecerão equilibrados e uma taxa Selic de saída de 10,5% ao ano é consistente com uma inflação que está na meta no horizonte da política monetária. Ele analisa os possíveis impactos na trajetória da inflação brasileira, considerando o mercado de trabalho aquecido, setor de serviços e pressão fiscal.
Fonte: @ NEO FEED