UFSM, UFRGS, Unipampa e FURG oferecem mais de 12 mil vagas para professores e gestores de ensino básica do RS por meio de formação em todo o país, com oferta total de 150 mil vagas para profissionais da educação básica federal.
A expansão de acesso ao curso de extensão ‘Formação para Docência e Gestão em Educação‘ visa fortalecer a preparação de profissionais para atuar em ambientes escolares com diversidade étnico-racial e promover a inclusão de comunidades quilombolas, focando na gestão e docência em contextos específicos da educação.
Com a educação como pilar fundamental, o curso se destaca por abordar questões como etnico-racial e educacional, proporcionando ferramentas para educadores atuarem de maneira eficaz em diferentes contextos. Desta forma, os estudantes podem desenvolver habilidades para gerenciar e ensinar em escolas com uma educação diversificada, alinhada às necessidades de comunidades como as quilombolas, promovendo um ambiente inclusivo e de respeito.
Educação Integral: O Foco na Formação de Profissionais
A programação de formação oferece 150 mil vagas para a formação de profissionais ativos em instituições de ensino, englobando tanto professores quanto gestores que atuam em etapas específicas do ensino. Quatro universidades federais – Santa Maria, Rio Grande do Sul, Pampa e Rio Grande – passaram a aderir à formação, prevista para iniciar as aulas em março de 2025, em parceria entre o MEC e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), integrando a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (Pneerq).
Mobilização para a Educação Inclusiva
As inscrições para o curso devem ser feitas diretamente nos sites das instituições participantes, requerendo o preenchimento de todos os campos da ficha de inscrição on-line. A relação das 40 instituições que aderiram ao programa está disponível na página Cursos Nacionais do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), no site da Capes.
Objetivos da Formação
O curso visa fomentar o letramento racial de educadores, contribuindo para a sua formação de acordo com os princípios da educação étnico-racial e da educação escolar quilombola, além de promover o desenvolvimento de conhecimentos, saberes e práticas pedagógicas que valorizem tradições, culturas e línguas ancestrais, priorizando a educação de qualidade para todos.
Detalhes do Curso
As aulas terão início em março de 2025 e a formação será coordenada pela UAB, em parceria com a Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ). Com carga de 120 horas, o curso será ofertado na modalidade a distância do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da Capes, ao longo de quatro módulos: Panorama Étnico-Racial e Quilombola Brasileiro; Culturas e Territorialidades; Educação Antirracista na Prática; e Gestão Democrática para a Diversidade.
Desenvolvimento da Proposta Educacional Antirracista
Durante a formação, além da discussão sobre sistemas de avaliação e criação de projetos políticos pedagógicos, será desenvolvida uma proposta educacional antirracista que inclui atividades pedagógicas para transformar o ambiente escolar e as relações entre os professores, os alunos e a comunidade, enfatizando a igualdade e a justiça social. O conteúdo está em conformidade com os marcos legais dessas modalidades de educação, assim como com as pesquisas e os estudos científicos que orientam a inclusão desse público nos sistemas de ensino no Brasil.
A Política Nacional de Equidade
A Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola foi criada pela Portaria nº 470/2024, com o objetivo de implementar ações e programas educacionais destinados à superação das desigualdades étnico-raciais e do racismo nos ambientes de ensino, bem como à promoção da política educacional para a população quilombola. O público-alvo é formado por gestores, professores, funcionários, alunos, abrangendo toda a comunidade escolar, com foco na educação integral e na inclusão social. São compromissos da política: estruturar um sistema de metas e monitoramento; assegurar a implementação do art.26-A da Lei nº 9.394/1996; formar profissionais da educação para gestão e docência no âmbito da educação para as relações étnico-raciais (Erer) e da educação escolar quilombola (EEQ); induzir a construção de capacidades e a melhoria da qualidade dos processos educacionais.
Fonte: © MEC GOV.br