Disputa pela Casa Branca coloca em evidência dívida americana, inflação, juro, câmbio e políticas monetária que deve cair taxa de juro Federal aceleração
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcada para 11 de novembro deste ano, vai desviar o foco da oposição entre as taxas de juro nestes dois países. O cenário é favorável ao candidato republicano Donald Trump, que tenta manter o poder. A eleição pode influenciar as decisões de juros pelos bancos centrais.
Antes da eleição, a taxa de juro dos EUA vai ser o principal evento financeiro. A Fed, que não aumentou a taxa de juro desde o primeiro trimestre de 2006, vai precisar decidir se manterá a política de juros baixos para garantir o crescimento econômico. Já o Banco Central do Brasil vai precisar continuar manutenção da taxa de juro em 13,75% para evitar inflação alta.
Eleição Americana: Consequências Incertas
O calendário econômico mundial está prestes a ser abalado pela eleição americana, marcada para terça-feira, 5 de novembro, cujo resultado é incerto e promete consequências imprevisíveis. A eleição americana é a principal preocupação, vindo a influenciar o resultado das reuniões do Federal Reserve (Fed) nos EUA e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil.
Eleição e Política Monetária
As reuniões do Fed e do Copom coincidiam originalmente, ocorrendo na terça-feira e quarta-feira. No entanto, a eleição americana explica o adiamento da reunião do Fed, que agora ocorrerá na quarta-feira, 6 de novembro, e terminará na quinta-feira, 7 de novembro. Já o Copom manterá o seu calendário habitual, com início na terça-feira, 5, e término na quarta-feira, 6.
Consequências da Eleição para a Economia
O mercado financeiro está apostando na aceleração da alta da taxa Selic de 0,50 ponto percentual, atingindo 11,75%. Para o mercado americano, a expectativa é de desaceleração do corte da taxa a 0,25 ponto, mantendo-se no intervalo de 4,5% a 4,75%. A estabilidade das taxas básicas é benéfica, limitando surpresas e permitindo que os mercados redobrem a atenção às eleições americanas. É de extrema importância observar as eleições americanas, pois, apesar das pesquisas não apontarem um vencedor inconteste, a disputa pela Casa Branca é acirrada entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump.
Eleição e Dívida Pública
Os analistas de mercado estão debruçados sobre as propostas dos candidatos, e, embora distintas, ambas apontam para expansão fiscal que evidencia temores quanto à escalada da dívida pública dos EUA, que já é de 123% do PIB. ‘Seja quem for o eleito, as perspectivas são piores para o mundo e para o Brasil. Não pelo risco de que tarifas ampliadas possam comprometer o comércio internacional, mas pelo cenário de manutenção do juro alto, ou em queda muito mais lenta, e dólar forte’, avalia José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Fator e professor da FEA-USP.
A Vontade da Classe Média
Gonçalves lembra que Trump ou Harris terá o desafio de atender à classe média norte-americana, que é quem vota. Uma percepção que fortalece a expectativa de que as políticas públicas serão expansionistas, seja quem for o candidato vitorioso. Gonçalves também alerta para o pós-eleição, afirmando que a transição será ‘horrorosa’ e que fator de instabilidade para os mercados, diz. ‘A eleição não termina no dia seguinte. E, se Trump perder, a galera vai para a rua. Tempos tumultuados virão, inclusive, com possível contestação de resultados ou judicialização do processo eleitoral. Mesmo depois da posse, o quadro é preocupante’, avalia o economista.
Fonte: @ NEO FEED