Gerente que não atingiu meta foi submetido a tratamento degradante como punição em empresa de enxovais, passagem pela empresa incluía reuniões e treinamentos motivacionais.
O veredito do Tribunal Regional do Trabalho da 21ª (TRT-RN) resultou na condenação da empresa Narciso Enxovais ao pagamento de R$ 50 mil de indenização por danos morais a uma ex-gerente que sofreu ‘tratamento degradante e vexatório durante treinamentos motivacionais realizados pela empresa’. A funcionária, que foi desligada sem justa causa em julho de 2021, obteve essa condenação devido às práticas abusivas que enfrentou no ambiente profissional.
É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade para garantir que os responsáveis sejam devidamente condenados e punidos. A ex-gerente merece justiça e os danos morais causados no decorrer de sua experiência laboral devem ser reparados de forma adequada. A condenação da empresa é um passo importante para coibir tais práticas no ambiente de trabalho e assegurar o respeito e a dignidade de todos os colaboradores.
Condenação por Tratamento Degradante e Vexatório
O Tribunal Regional do Trabalho registrou que, ao longo de sua passagem pela empresa, a ex-gerente foi submetida a uma série de situações degradantes. Durante os treinamentos e reuniões para cobrança de metas, ela relatou que foi exposta a práticas abusivas que ultrapassaram os limites do razoável. Em um desses episódios, os gerentes foram obrigados a participar de um jogo de caça ao tesouro que culminou em um verdadeiro pesadelo.
Condenado por Práticas Abusivas em Treinamentos
Relatos apontam que os gerentes da empresa foram submetidos a situações humilhantes, como ficar amarrados uns aos outros durante a noite, procurando pistas em um jogo macabro. A ex-funcionária denunciou ter ouvido xingamentos e gritos que visavam degradar seu desempenho. Tais atos configuram claramente um tratamento degradante e vexatório.
Punição por Condução Inaceitável nos Treinamentos
Além disso, durante outro treinamento, os gerentes foram privados de comunicação e obrigados a andar descalços sobre brasas quentes, em uma clara violação aos direitos básicos de dignidade. O juiz responsável pelo caso ressaltou que tais práticas ultrapassaram os limites estabelecidos para o exercício do poder diretivo, resultando em condenação por conduta abusiva.
Sentença pela Realização de Treinamentos Vexatórios
Outro ponto de destaque foi quando a equipe foi submetida a um exercício de restrição extrema, onde qualquer desvio das regras resultava em punição imediata, como receber um balde d’água na cabeça. Tal comportamento configura claramente um tratamento degradante e vexatório, que não pode ser tolerado em ambiente de trabalho.
Impacto da Condenação por Práticas Constrangedoras
Em mais um treinamento, a ex-gerente foi submetida à humilhação pública por não atingir uma meta, sendo constrangida diante de seus colegas. As alegações da empresa de zelar pela ética e bons costumes foram contestadas diante das evidências de condutas abusivas. A decisão do juiz reflete a gravidade das práticas adotadas durante os treinamentos, que infringiram os direitos fundamentais dos funcionários.
Fonte: @ Metropoles