Especialista avisa sobre riscos de interagir com hologramas virtuais de pessoas falecidas: holograma, conversa virtual, aparência, avatar, deep fake, IA tech, interativa representação, ficção científica fantasias, AI creações, temporal ajuda, emocional dependência. Riscos: hologramas digitais, conversas, aparências virtuais, avatares digitais, deep fakes, IA representações interativas.
Nota do editor: Igor Silva é pesquisador de Inteligência Artificial na Faculdade de Tecnologia da Informação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) no Brasil. Fantasmas digitais, Inteligência Artificial e luto são temas que despertam interesse em diversas áreas.
Em um mundo cada vez mais conectado, é comum nos depararmos com fantasmas digitais e entidades virtuais que permanecem após a morte física. Essas representações virtuais podem servir como um meio de conforto para aqueles que permanecem, mantendo viva a memória dos avatares falecidos. A presença desses seres criados pela IA nos lembra da complexidade das relações humanas, mesmo em meio à tecnologia.
Fantasmas Digitais: Avatares Falecidos e a IA
Imaginar a possibilidade de recriar virtualmente entes queridos parece surreal. Em 2020, Kim Kardashian recebeu um holograma de seu falecido pai, Robert Kardashian, como presente de aniversário. Ela ficou emocionada com a aparição virtual de seu pai, evidenciando a influência dos fantasmas digitais em nossas vidas.
A criação de entidades virtuais, como avatares falecidos, é uma realidade cada vez mais tangível graças à tecnologia de IA. A possibilidade de interagir com representações virtuais de pessoas queridas falecidas desperta questões complexas sobre o luto e a saúde mental.
A tecnologia de IA tem avançado a ponto de criar hologramas digitais e chatbots sofisticados, capazes de simular conversas humanas de forma impressionante. Os deep fakes e representações virtuais interativas trazem à tona dilemas éticos e emocionais, especialmente no contexto do luto.
Os fantasmas digitais podem oferecer uma ajuda temporária aos enlutados, permitindo que expressem sentimentos não ditos e se despeçam de maneira simbólica. No entanto, a dependência emocional dessas representações virtuais pode ser prejudicial ao processo de luto, interferindo nas fases naturais de enfrentamento da perda.
Estudos indicam que o uso de avatares digitais de entes queridos falecidos deve ser cuidadosamente monitorado, a fim de evitar complicações psicológicas no processo de luto. A aparição virtual de pessoas mortas pode gerar confusão, estresse e até mesmo sintomas de psicose em alguns casos.
Explorar as fronteiras entre a realidade e a ficção com os fantasmas digitais levanta questionamentos sobre os limites éticos e emocionais da tecnologia de IA. Enquanto essas criações oferecem uma forma de conexão com o passado, é essencial considerar seu impacto na saúde mental e no processo de luto.
Os hologramas digitais e conversas virtuais com avatares representam avanços impressionantes da tecnologia de IA, porém é crucial manter um equilíbrio entre a inovação e o cuidado com o bem-estar emocional. Os fantasmas digitais são criações fascinantes da IA, mas seu papel no auxílio ou na obstrução do luto ainda gera controvérsias e reflexões importantes sobre nossas interações com o mundo virtual.
Fonte: © CNN Brasil