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Encontro fortaleceu identidade e organização étnica com oficinas, diálogo, agentes de saúde, rede de proteção, materiais informativos e acolhimento.
O 1º Encontro LGBTQIA+ Indígena Guarani Kaiowá, ocorrido no último final de semana, destacou cinco propostas para combater as violações de direitos contra os indígenas.
No segundo dia do evento, representantes de diferentes etnias se reuniram para discutir estratégias de proteção da população LGBTQIA+ indígena. As discussões resultaram em novas diretrizes para promover a inclusão e o respeito aos direitos dessas comunidades.
Fortalecimento das Comunidades Indígenas
Eles estão promovendo a criação de oficinas de diálogo com os jovens nas próprias comunidades indígenas, capacitando agentes de saúde e professores que atuam dentro das aldeias. Além disso, estão fortalecendo a rede de proteção que abrange diferentes órgãos e instituições públicas, elaborando materiais informativos para distribuição nas aldeias e construindo uma casa de acolhimento. O encontro realizado na cidade de Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, teve como objetivo fortalecer a identidade e a auto-organização da etnia, promover a visibilidade e a valorização da diversidade sexual e de gênero dentro das aldeias.
O evento contou com a presença de representantes da população indígena, incluindo a etnia Guarani Kaiowá, que se concentra principalmente em Mato Grosso do Sul. Em parceria com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), os indígenas conseguiram viabilizar o encontro em colaboração com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o coletivo Distrito Drag.
Durante o encontro, foram abordados temas como a espiritualidade das comunidades indígenas, a cultura e a organização dos indígenas, bem como a importância da formação dos sujeitos em relação aos seus direitos. Alessandro Santos Mariano, chefe de gabinete da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, destacou a relevância do evento como um espaço de escuta e formação.
A Apib ressaltou a importância do encontro como um marco na luta pela igualdade e visibilidade dos indígenas LGBTQIA+ Guarani Kaiowá, por meio do diálogo intercultural, da construção de redes de apoio e da incidência política. A mobilização social e a união são fundamentais para garantir os direitos e a dignidade da comunidade indígena.
Durante as mesas de discussão coordenadas pelo MDHC, foram abordadas questões relacionadas aos direitos das populações LGBTQIA+ no Brasil, como o casamento homoafetivo, o nome social, a identidade de gênero e orientação sexual. O Ministério da Saúde realizou oficinas sobre as infecções, enquanto o Disque 100 apresentou seu serviço de recebimento de denúncias de violações de direitos humanos. Outros órgãos do poder público também participaram ativamente do evento, demonstrando o compromisso com a proteção e promoção dos direitos das populações indígenas.
Fonte: @ Agencia Brasil