Grupo de Trabalho da Saúde encerrou os trabalhos no Rio de Janeiro, onde foi consenso a Coalizão Global para Produção Local e Regional.
Em um esforço conjunto, os ministros da Saúde do G20 trabalharam em um acordo unânime, refletindo a importância da Saúde no cenário internacional. A reunião ministerial, liderada pelo Brasil, buscou abordar temas críticos como a mudança climática e sua impacto direto na Saúde.
A Declaração do Rio de Janeiro e a Declaração Ministerial sobre Mudança Climática, Saúde e Equidade são os produtos da reunião, destacando a necessidade de sistemas de Saúde resilientes e sustentáveis. A construção de sistemas de saúde mais fortes e resilientes é um dos pontos focais, apontando para uma atuação coordenada em saúde pública.
Urgência da Saúde na Era de Mudanças Climáticas
A mudança climática não apenas ameaça a saúde, mas também coloca em risco a vida de populações vulneráveis, sublinhou a ministra Nísia Trindade, destacando a importância de medidas urgentes para abordar a crise. A reunião ministerial do G20 reuniu as maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana, enfatizando a necessidade de recursos financeiros sustentáveis para enfrentar as crises de saúde causadas pela mudança climática. A partir de dezembro do ano passado, o Brasil detém a presidência, a primeira vez em sua história no formato atual do G20, estabelecido em 2008.
Uma Abordagem Integrada para a Saúde
Os ministros reconheceram a urgência de enfrentar as crises de saúde causadas pela mudança climática, enfatizando a necessidade de recursos financeiros sustentáveis e uma abordagem integrada e intersetorial. A Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são essenciais para promover a saúde e o bem-estar para todos. Os documentos mencionam a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) e o Acordo de Paris, além da Estratégia Global da OMS sobre Saúde, com o objetivo de fortalecer a resposta às consequências da mudança climática na saúde.
Impactos Negativos e Investimentos em Saúde
Os documentos alertam sobre os impactos negativos dos eventos climáticos extremos e da poluição do ar, incluindo o aumento de doenças infecciosas e não transmissíveis, além de problemas de saúde mental. Para mitigar esses impactos, os acordos incentivam investimentos em saúde, especialmente em países em desenvolvimento, em situação de maior vulnerabilidade social. Também apoiam o desenvolvimento de estratégias intersetoriais para implementar ações contra a resistência antimicrobiana (AMR), de acordo com diretrizes e planos globais.
A Importância da Cooperação Internacional
A cúpula contou com a presença do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que enfatizou a importância da cooperação internacional em um momento crítico para a saúde pública mundial. ‘Devemos retomar o objetivo de implementar um tratado que priorize a vida humana sobre interesses comerciais, promovendo a solidariedade global. Destaco a importância do multilateralismo, que tem avançado em diversos acordos políticos. Parabenizo todos os envolvidos pelas declarações adotadas, incluindo a mudança climática, saúde e equidade, e a abordagem de Uma Só Saúde’, afirmou Vieira.
Uma Abordagem Integral para a Saúde
A Coalizão Global para Produção Local e Regional visa promover o acesso a vacinas, terapias e novas tecnologias de saúde, com foco em doenças negligenciadas e populações vulneráveis, evitando a duplicação de esforços com iniciativas existentes. As declarações enfatizam a necessidade de fortalecer as capacidades de saúde digital e de abordar a escassez de profissionais de saúde, especialmente em contextos de emergência. Os documentos também reafirmam o compromisso em erradicar epidemias como aids, tuberculose, malária e poliomielite.
Fonte: @ Ministério da Saúde