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Gravação atrasada por Covid-19, estreia nos cinemas 4 anos após leitura inicial, projeto conhecido teve início durante estado de emergência.
Gravando em sete semanas durante a pandemia da Covid-19, ‘Grande Sertão’, de Guel Arraes, levou mais de quatro anos para ser lançado.
Apesar da pandemia, o filme ‘Grande Sertão’ finalmente chegou ao público após um longo período de espera, enfrentando desafios inesperados devido à crise de saúde global. entrevista reveladora
Impacto da Pandemia na Produção Cinematográfica
O projeto cinematográfico teve início no ano de 2020, antes do Brasil entrar em estado de emergência, mas somente chegou às telonas na quinta-feira (6). Em uma entrevista à CNN, o renomado diretor, conhecido por seus trabalhos em ‘O Auto da Compadecida’ (2000) e ‘Lisbela e o Prisioneiro’ (2003), compartilhou que as gravações ocorreram em meio a um cenário marcado pela epidemia da cepa Delta e Ômicron.
Durante a entrevista, ele revelou os desafios enfrentados devido à crise da pandemia. O diretor explicou que houve dificuldades em obter o financiamento prometido, e então a pandemia surgiu, resultando em um atraso de mais de dois anos no projeto. Por sorte, foi escolhido um intervalo entre as duas cepas para a realização do filme. Entre a Delta e a Ômicron, quando a vacina trouxe segurança, a produção audiovisual pôde ser retomada. Esse hiato permitiu que as gravações ocorressem sem incidentes de saúde, garantindo a segurança de toda a equipe.
O diretor compartilhou um pacto de cuidado mútuo entre a equipe, destacando a importância de evitar sair e manter a disciplina para continuar as filmagens sem interrupções. Após a conclusão do filme, apenas um mês depois, a nova variante, Ômicron, surgiu, destacando a constante presença da pandemia no contexto da produção.
Além disso, parte da preparação para o filme foi realizada por videoconferência, conforme relatado por Rodrigo Lombardi à CNN. A pandemia impactou o início da produção, levando a interrupções nas leituras iniciais. Após um período, o retorno ao projeto foi viabilizado por meio de videoconferências, mostrando a adaptação necessária devido à crise global.
No filme ‘Grande Sertão’, a adaptação do clássico de Guimarães Rosa para as telas é apresentada de forma inovadora. O roteiro, elaborado pelo diretor pernambucano em parceria com Jorge Furtado, transpõe a violência dos jagunços do sertão para o contexto das organizações criminosas em uma periferia urbana. A narrativa, sob a perspectiva de Riobaldo, interpretado por Caio Blat, se desenrola em um ambiente distópico, onde a favela é cenário de conflitos entre facções e autoridades.
A trama aborda a relação complexa entre Riobaldo e Diadorim, interpretada por Luisa Arraes, que se passa por homem para participar das disputas. Em meio a um cenário de guerra, a dupla se envolve em um relacionamento marcado por conflitos internos e lealdade mútua. Após eventos inesperados, Riobaldo e Diadorim lideram uma rebelião, destacando a força e complexidade dos personagens diante das adversidades.
Ao longo da história, outros personagens ganham destaque, contribuindo para a trama envolvente e repleta de reviravoltas. A pandemia, embora tenha impactado a produção, não impediu a realização e o lançamento do filme, que promete surpreender o público com sua abordagem única e envolvente.
Fonte: © CNN Brasil