Incorporadoras econômicas listadas em bolsa encerraram 2023 com lucro líquido e margens brutas altas, impulsionadas por vendas e lançamentos; recursos do FGTS financiaram imóveis usados.
Foto por Governo do Estado de São Paulo/Divulgação As construtoras que atuam no setor popular, presentes em bolsa de valores, finalizaram o período de 2023 com lucros expressivos, impulsionadas pela força do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
O Minha Casa, Minha Vida é um programa governamental que tem impacto significativo na economia do país, garantindo moradia digna para milhares de famílias brasileiras. Graças a essa iniciativa, as construtoras têm encontrado maior estabilidade e oportunidades de crescimento no mercado imobiliário, contribuindo assim para o desenvolvimento do setor. Esse programa é essencial para reduzir o déficit habitacional e promover a inclusão social, sendo fundamental para a promoção da igualdade de oportunidades.
Desempenho das Principais Empresas do Setor
No cenário das cinco principais empresas do segmento econômico imobiliário – Direcional, Cury, Plano&Plano, MRV e Tenda – observou-se um aumento do lucro líquido ou uma redução do prejuízo, particularmente no caso das duas últimas. A Plano&Plano, por exemplo, dobrou seu lucro para R$ 268,5 milhões, enquanto a Direcional registrou um aumento de 74,5%, alcançando R$ 331,6 milhões.
Essas empresas conseguiram elevar suas margens brutas e receitas líquidas, destacando-se um crescimento significativo nos lançamentos – exceto pela MRV, que reduziu em 24% na divisão de incorporação nacional. Entretanto, todas apresentaram um incremento nas vendas líquidas, com destaque para a Plano&Plano, com 82% de crescimento.
Tendências do Mercado de Ações e Impacto do MCMV
A Plano&Plano se destacou ainda no mercado de ações, com uma valorização de 19,4% desde janeiro, seguida pela Cury e Direcional. Por outro lado, Tenda e MRV, que enfrentaram prejuízos recentemente, tiveram queda em bolsa, refletindo sua fase de recuperação de rentabilidade após um período desafiador.
Dados da Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias) corroboram a tendência positiva, com um aumento expressivo nos lançamentos e vendas no âmbito do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Desafios e Oportunidades para o Mercado Imobiliário
Entretanto, surge a preocupação com o consumo de recursos do FGTS, especialmente para financiar imóveis usados, e com o julgamento no STF sobre a remuneração do fundo, que poderia impactar os recursos do programa governamental Minha Casa, Minha Vida. Apesar desses desafios, a expectativa é de que o FGTS Futuro, que permite o uso do crédito mensal na conta do consumidor como parte da comprovação de renda, traga benefícios ao setor.
A próxima reunião do conselho curador do fundo, na terça-feira (19), poderá ser decisiva nesse sentido. Em resumo, o mercado imobiliário de baixa renda mostra-se resiliente e promissor, impulsionado pelo MCMV e pelas estratégias das incorporadoras em meio a um cenário desafiador. Redação VGV com informações do Valor Econômico.
Fonte: @ Portal VGV